Lisboa, 03 mai (Lusa) – As celebrações do Dia da Língua Portuguesa e das Culturas, na sexta-feira, vão este ano realizar-se em 49 países, com 210 iniciativas destinadas a assinalar o dia, anunciou hoje o Instituto Camões.
As atividades caracterizam-se pela “diversidade, nalguns casos são colóquios, conferências e encontros com escritores de língua portuguesa”, e noutros são “peças de teatro, mostras de cinema em português, tanto documentários como curtas e longas-metragens, e artes do espetáculo de áreas multidisciplinares, como a música e a dança”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Na sessão de apresentação das atividades promovidas pelo Instituto Camões, que decorreu hoje em Lisboa, o ministro vincou que o objetivo principal das sessões descentralizadas, que decorrem em vários continentes em datas próximas do dia 05, é valorizar o português como “uma das grandes línguas globais” da atualidade, falada por 261 milhões de pessoas e a língua mais falada no hemisfério sul.
De acordo com a lista, apresentada pela presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, há uma sessão de cinema em português em Havana, por exemplo, e uma apresentação de canto alentejano em Timor-Leste, para além de outras iniciativas em países como França, Espanha, Uruguai, República Checa, Geórgia, Congo, China e Índia.
Questionado sobre a dispersão destas iniciativas e a falta de um ponto central nas comemorações, Santos Silva argumentou que “em muitas destas 210 iniciativas estão presentes e colaboram embaixadas ou instituições de vários países da CPLP, nalgumas estão todos os países, noutras alguns, e portanto não se trata de uma tarefa exclusiva do Camões, mas sim uma tarefa que o instituto desempenha no cumprimento das responsabilidades e em muitos outros lugares em colaboração com os seus congéneres ou embaixadas da CPLP”.
Augusto Santos Silva prevê que a língua portuguesa se expanda a 400 milhões de falantes em meados deste século, relacionando esta previsão com o potencial demográfico de crescimento dos países africanos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“A língua é o fator mais forte da identidade coletiva”, concluiu o governante.