O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) anunciou hoje ir lecionar um curso destinado a docentes angolanos, entre 2 e 27 de fevereiro, e que tem como objetivo criar iniciativas semelhantes para os restantes Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
O curso, que conta este ano com a sua segunda edição, vai formar 21 professores angolanos do ensino secundário, de diferentes áreas, com especial atenção para as metodologias pedagógicas, disse à agência Lusa o pró-presidente do IPC, Mário Velindro.
O curso foi feito “à medida” das necessidades dos professores, no que toca a conhecimento pedagógico e científico, dando-se “uma reciclagem e um contacto com novas metodologias e novos sistemas informáticos”, explicou.
Segundo o pró-presidente do IPC, o curso também tem “alguma componente na área da gestão”, apesar de estar centrado, “essencialmente, em técnicas de ensino”.
A maioria dos professores, com idades entre os 25 e 40 anos, “fizeram os seus cursos em Cuba, Espanha ou Checoslováquia, que são cursos generalizados e não de especialização”, precisado agora de uma atualização do conhecimento pedagógico.
A formação, que decorre na Escola Superior de Educação de Coimbra (parte integrante do IPC), vai ter uma duração de cerca de 120 horas.
Mário Velindro sublinhou ainda que há o objetivo, por parte do Politécnico de Coimbra, de avançar com projetos semelhantes para os docentes dos restantes Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Nesta segunda edição, para além da formação, os alunos terão a oportunidade de contactar também com a cultura portuguesa, estando previstas várias atividades nesse sentido.
JYGA // SSS – Lusa/Fim
Fotos:
– Uma professora dá aulas com o filho as costas numa escola da provincia do Huambo.
– Criancas à entrada para as aulas numa escola da provincia do Huambo
05/03/2007. CIC.PAULO NOVAIS/LUSA.