Foto de David Stanley (Flickr)Díli
, 09 mar (Lusa) – O Governo timorense anunciou hoje ter aprovado a criação da Tatoli, a Agência Noticiosa de Timor-Leste, um Instituto Público que será “fonte de informação oficial” e que tem como ambição ser “centro de formação e pesquisa aplicada à comunicação”.
A decisão foi tomada durante a reunião de terça-feira do Conselho de Ministros que formalizou assim a criação do segundo órgão público de comunicação social do Estado, depois da Rádio e Televisão de Timor-Leste (RTTL).
Nélio Isaac, secretário de Estado da Comunicação Social, explicou à Lusa que apesar de ser considerada “fonte de informação oficial”, a Tatoli “é uma agência igual a outras” que será “independente em termos de publicação de informação”.
“Reflete uma agência oficial relativamente à informação do Estado, como fonte credível para a população saber qual é a informação exata que o Estado quer divulgar. Não é porta-voz, mas uma fonte independente de informação do Estado”, explicou.
“A agência dará cobertura a todos, mas sempre com informações credíveis e justas”, disse.
Há cerca de um ano, o Governo tinha aprovado a criação do embrião da agência, na altura batizado com o nome de ANTIL (Agência de Notícias de Timor-Leste), mas que agora muda de nome.
Isaac explicou que a decisão de mudar de nome foi tomada pelo Governo por considerar que em vez de uma sigla era melhor identificar a agência com “uma palavra representativa em tétum”, que é, a par do português, língua oficial em Timor-Leste.
“O Conselho de Ministros quis escolher um nome para refletir a nossa identidade e cultura. Tatoli, significa transmitir mensagem e a agência quer transmitir a mensagem para todos”, referiu.
No comunicado, o Governo explicou que a Tatoli vai produzir informação para um público à escala nacional, regional e internacional”, oferecendo serviços em “caráter multicanal, multimédia, multiplataforma e multitarefa”.
A agência “poderá evoluir e funcionar como centro de produção de cinema e documentação do Estado, como instituto de opinião pública, como fórum de informação pública, como centro de gestão de arquivo e documentação do Estado e como centro de formação e pesquisa aplicada à comunicação”.
O projeto de criação da agência de notícias nacional, prevista no Programa do Governo, deverá, segundo o executivo, “satisfazer as necessidades de informação do país, a nível nacional e internacional, reportando as questões importantes da vida do povo e da nação de uma forma credível e profissional”.
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