CPLP espera que Dia da Língua motive reflexão dos laços que unem os Estados-membros

Lisboa, 05 mai 2022 (Lusa) – O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) apelou hoje, Dia Mundial da Língua Portuguesa, para que a data motive “reflexão e exaltação dos profundos laços” que a língua proporciona entre os Estados-membros.

“Que o dia de hoje seja propiciador de momentos de reflexão e de exaltação dos profundos laços que a língua portuguesa nos proporciona, assim como das enormes potencialidades do nosso idioma comum”, afirma o timorense Zacarias da Costa, numa mensagem gravada e divulgada hoje no ‘site’ oficial da organização, a propósito do Dia Mundial da Língua portuguesa.

Recordando que a língua portuguesa “é atualmente a mais falada no hemisfério Sul, a quinta língua mais falada no mundo” e uma das mais utilizadas na internet e nas redes sociais, bem como língua oficial e de trabalho em várias organizações internacionais, o secretário-executivo da CPLP defende também que o português seja cada vez mais uma língua de produção científica e cultural.

“Queremos que o português seja, cada vez mais, uma língua de produção científica e cultural, uma língua de paz, de diplomacia, de negócios, de mobilidade, de inclusão, e um elo de ligação entre as diásporas e entre os povos”.

“Nesta ocasião especial em que celebramos o Dia Mundial da Língua Portuguesa, gostaria de dirigir uma palavra de apreço a todos os que se juntam a nós para homenagear e celebrar o nosso idioma comum, nos mais diversos contextos nacionais, e saudar todos os falantes de língua portuguesa”, referiu ainda na sua mensagem.

A terceira edição do Dia Mundial da Língua Portuguesa é hoje assinalada através de 139 atividades em 52 países, com Angola e o Brasil a assumirem os principais destaques entre um conjunto de eventos espalhados por quatro continentes.

Este dia, proclamado pela 40.ª assembleia geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em novembro de 2019, comemora-se este ano, pela primeira vez, de forma próxima da normalidade, após as limitações causadas pela pandemia de covid-19 nos últimos dois anos.

“As comemorações que a CPLP está a fazer em Angola, com a presença do nosso ministro da Cultura [Pedro Adão e Silva], vão ser muito importantes e contribuir bastante” para a projeção deste dia, sublinhou em declarações à Lusa o presidente do instituto Camões, João Ribeiro de Almeida.

Além de Angola, que assume a presidência rotativa da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e organiza hoje, entre outros eventos, um festival em Luanda com o nome da comunidade lusófona, Moçambique e Cabo Verde destacam-se em África como os países com maior número de atividades programadas.

Entre as 139 atividades previstas, João Ribeiro de Almeida fez ainda questão de distinguir a cerimónia de lançamento, hoje, de uma cátedra de português, a 61.ª em todo o mundo, na Universidade do Paraná, no Brasil, que dá expressão a uma das prioridades do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

ATR (APL) // JH – Lusa/Fim

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