Santa Maria, Cabo Verde, 17 jul (Lusa) – O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse hoje esperar que a cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que começou cerca das 18:00 locais em Santa Maria, ilha do Sal, seja “uma marca e uma referência” para a organização.
“Todos sabemos, das reuniões dos pontos focais, do comité de concertação permanente, dos senhores ministros, todos apontam para que esta cimeira seja uma marca e uma referência para Cabo Verde, mas sobretudo para a nossa comunidade”, afirmou o chefe de Estado cabo-verdiano, dando as boas-vindas aos participantes na XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorre entre hoje e quarta-feira.
“Desejamos que a nossa organização saia mais sólida, mais eficiente, mais prestigiada, mais perto das pessoas e dos cidadãos, mais que uma comunidade de estados, uma comunidade de povos da língua portuguesa”, referiu.
A XII cimeira (CPLP) começou hoje, cerca das 18:00 locais, em Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde.
Antes, realizou-se a tradicional foto de família, com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Dionísio Babo; o primeiro-ministro português, António Costa; o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa; o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema; o Presidente de Angola, João Lourenço; a secretária-executiva da CPLP, Maria do Carmo Silveira; o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca; o Presidente do Brasil, Michel Temer; o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz; o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi; o Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
O momento ocorreu pouco antes das 17:30 locais (menos duas horas em Lisboa), quase 40 minutos depois da hora prevista.
Marcelo Rebelo de Sousa disse, num aparte ao seu homólogo angolano: “Temos de conversar”.
Antes da fotografia, concentraram-se, no lobby do hotel onde decorre a cimeira, representantes das delegações e dos convidados que participam no primeiro dia de trabalhos da cimeira, que decorre até quarta-feira.
Durante cerca de 30 minutos, o Presidente e o primeiro-ministro portugueses foram os únicos dignitários que se encontravam no local, cumprimentando e conversando com alguns dos presentes.
O chefe de Estado guineense, acompanhado da sua comitiva, deslocou-se àquele espaço, onde cumprimentou António Costa, com quem tinha estado reunido antes, e com o Presidente português.
“Está a correr muito bem”, disse Marcelo Rebelo de Sousa a José Mário Vaz, numa alusão à atual situação política na Guiné-Bissau, onde estão marcadas eleições legislativas para 18 de novembro.
À pergunta de José Mário Vaz sobre quando visitará o país, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Quando quiser, diga que eu avanço. Eu tinha-lhe dito que quando marcasse eleições, eu ia”.
Poucos minutos antes da realização da fotografia de família, desceram ao piso térreo Teodoro Obiang e João Lourenço, e aos poucos foram chegando outros chefes de Estado – Filipe Nyusi, Evaristo Carvalho e José Mário Vaz -, ficando a conversar durante alguns minutos.
A sessão de hoje está reservada para intervenções de todos os chefes de Estado e de Governo da CPLP, bem como pela passagem da presidência do Brasil para Cabo Verde.
Durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, com o lema “Cultura, Pessoas e Oceanos”, Cabo Verde vai assumir o exercício da presidência desta organização, durante o período de dois anos.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP.