Santa Maria, Cabo Verde, 18 jul (Lusa) – O presidente em exercício da comunidade lusófona e chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, assegurou hoje que o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) “é fundamental” e vai manter-se em Cabo Verde.
“O compromisso aqui foi claríssimo: o IILP tem uma importância fundamental, deve manter-se, fica em Cabo Verde. Todos os estados comprometem-se a cumprir com os seus compromissos financeiros e que, brevemente, a Guiné-Bissau proporá uma pessoa competente para assumir o cargo de diretor executivo” do instituto, disse Jorge Carlos Fonseca.
O chefe de Estado cabo-verdiano falava, na conferência de imprensa final, da cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje terminou na ilha do Sal, em Cabo Verde.
Jorge Carlos Fonseca respondia desta forma às preocupações da diretora do IILP, Marisa Mendonça, que nas vésperas da cimeira se manifestou preocupada com o futuro desta instituição da comunidade lusófona devido à indefinição sobre quem assumirá a liderança a partir de dezembro e devido aos recorrentes problemas financeiros motivados por falhas na transferência de verbas dos Estados-membros.
“Todos os estados têm de cumprir porque o IILP não pode trabalhar e cumprir com a sua função sem meios humanos e financeiros”, disse, adiantando que Cabo Verde chegou à cimeira com as quotas do instituto em dia.
O IILP tem um orçamento de cerca de 300 mil euros e antes da cimeira tinha dívidas de quotas que ascendiam cerca de 800 mil euros.
Durante a cimeira, a Guiné-Bissau remeteu para setembro a apresentação de um candidato à direção do organismo.
Os chefes de Estado de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe estiveram reunidos durante dois dias, na ilha do Sal, para cimeira da CPLP, que marca o início da presidência cabo-verdiana da organização.
Timor-Leste esteve representado na cimeira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.