Palavras como “pára”, “péla” e “pêlo” podem voltar a escrever-se se a proposta da coordenadora do novo dicionário da Academia das Ciências de Lisboa for aceite.
Palavras como “pára”, “péla” e “pêlo” podem voltar a escrever-se se for aceite a proposta da coordenadora do novo dicionário da Academia das Ciências de Lisboa (ACL), que quer evitar “ambiguidades” e “confusão”.
Esta reposição do acento diferencial permitirá evitar situações de homografia que geram ambiguidade e, ainda que o contexto possa evitar a confusão, interferem com a velocidade do processamento da informação no ato de leitura”, afirma Ana Salgado, num documento publicado no Pórtico da Língua Portuguesa (PLP).
No documento salienta-se que “no caso da forma verbal ‘pára’ e do vocábulo ‘pêlo’, a frequência de uso é tão elevada que a distinção é fortemente desejável para distinguir dos seus homógrafos”.
A responsável no entanto aceita que caia o acento em “pólo”, que distinguia de “polo”, por ser “uma combinação arcaica”, como aceita a queda do acento circunflexo (pôlo), por ser raramente usado. A mesma lógica para se aceitar a queda do acento em palavras como “côa”, “pêra” ou “pêro”.
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O novo dicionário de português da Academia deve estar pronto no próximo ano. Ana Salgado, lexicógrafa, é membro do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa e sócia da ACL. Ler o artigo completo (Observador)