Cooperação portuguesa formou 4.300 alunos em 14 anos de parceria com Cabo Verde

A cooperação portuguesa formou mais de 4300 cabo-verdianos em 300 ações de formação profissional nos 14 anos de presença em Cabo Verde a esse nível, disse hoje fonte oficial à Agência Lusa .

Segundo Bernardo Lucena, que visitou hoje três centros de emprego e de formação profissional financiados por Portugal – São Domingos, Pedra Badejo e Assomada -, trata-se de uma área importante num país que está apostado na criação de políticas ativas de emprego, através da consolidação da oferta formativa.

“Os centros têm a capacidade de ir ao encontro do «triângulo mágico» definido pelas autoridades cabo-verdianas – Educação, Formação e Emprego -, no quadro das políticas integradas de desenvolvimento” do arquipélago, disse Bernardo Lucena.

O programa de cooperação neste domínio começou em 1999 com a construção do centro de formação profissional de Pedra Badejo (concelho de São Miguel), que entrou em funcionamento em princípios de 2001, tendo hoje ações formativas na construção civil, reparações de eletrodomésticos e equipamentos informáticos, além de dispor de uma residência para estudantes.

Na Assomada, 55 quilómetros a norte da Cidade da Praia, o centro funciona desde fins de 2003 e integra ações ligadas às áreas do secretariado, informática e gestão de pequenos negócios.

Em 2006, foi a vez de São Domingos, 15 quilómetros a norte da Cidade da Praia, que concretiza ações de formação na no setor automóvel, como mecânica, eletricidade, reparação de carroçarias, bate-chapas e pintura.

O último localiza-se na ilha do Fogo, albergando também a Brava, e foi aberto em 2010, destinando-se à formação em agroindústria e turismo.

Na visita aos centros, Bernardo Lucena foi acompanhado pelo presidente do Instituto de Emprego e de Formação Profissional (IEFP) de Cabo Verde, Charles Yvon Rocha, que, em declarações à Lusa, salientou a importância do apoio de Portugal na “reconfiguração” dos centros, agora “mais virados para o mundo real”.

Segundo Yvon Rocha, os “clusters” que Cabo Verde tem em curso – Ar, Mar, Novas Tecnologias e Energias Renováveis – exigem formação específica para ir ao encontro das reais necessidades do país.

O presidente do IEFP cabo-verdiano lembrou que, em 10 anos, Cabo Verde conseguiu contar com a participação de cerca de 22.500 formandos, salientando que a grande maioria está empregada e que a ideia é, agora, apostar na qualidade da formação.

 

JSD // APN.

Lusa/Fim

Foto: Casa estudantil de Pedra Badejo, 35 quilómetros a norte da Cidade da Praia, projeto financiado por Portugal, 04 de março de 2010, em Cabo Verde. OMAR CAMILO / LUSA

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