Conferência Internacional sobre Ensino e Aprendizagem do Português como Língua Estrangeira

O ensino e a aprendizagem do português estão no centro de uma conferência na Universidade de Macau que conta com mais de 60 oradores inscritos. Inocência Mata, organizadora do evento, fala da atracção crescente da China continental pela língua portuguesa por via dos negócios,   mas enfatiza que na relação com um parceiro negocial há que estender o domínio da língua ao conhecimento efectivo da cultura do outro.

1.Inocencia Mata

Sílvia Gonçalves

A Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau recebe a 8 e 9 de Abril a “Conferência Internacional sobre Ensino e Aprendizagem do Português como Língua Estrangeira”. O encontro dirige-se a todos os que nos países asiáticos ensinam a língua portuguesa, com especial enfoque nos docentes da China continental, onde o ensino da língua está já presente em mais de trinta universidades. Ao PONTO FINAL, Inocência Mata, presidente da comissão organizadora, lembrou que não basta aprender a língua para estabelecer negócios com um interlocutor, importa entrar a fundo na cultura.

“O propósito é na verdade reunir e pôr em diálogo os colegas que na China trabalham nesta área, que ensinam o português a chineses. Num segundo momento achamos que o diálogo seria mais profícuo se juntássemos os colegas que na Ásia trabalham o ensino da língua portuguesa a falantes de línguas asiáticas, se bem que o nosso foco seja a China continental, os colegas que ensinam o português nas universidades, que são cada vez mais. A língua portuguesa é ensinada em mais de 30 universidades da China continental. E cerca de 20 têm o português como major”, começa por explicar Inocência Mata.

A académica reconhece que o crescente interesse na aprendizagem da língua se fica a dever a factores económicos, mas defende que as universidades devem ir além do aspecto negocial: “Isso deve-se às estratégias económicas da China. A China está muito interessada no negócio, em se abrir aos países lusófonos, por questões comerciais, particularmente o Brasil, Angola, Moçambique e Portugal. É preciso pessoas que falem a língua dos negócios”. Ler o artigo completo

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