Comunidade lusófona participa nas celebrações do “Mês da História Negra”

Filomena Maio, que teve o casamento rompido devido a demoras nas viagens de busca de água, agora sobrevive vendendo em Chitobe, a sede distrital, adiantando que divide os ganhos para sustentar três filhos da união e pagar as suas despesas de saúde e educação. A maioria das mulheres de Mavissanga, província de Manica, centro de Moçambique, precisa de pedalar até 70 quilómetros, ida e volta, para encontrar água potável, uma viagem que demora em média nove horas e que tem custado vários divórcios. O abastecimento de água potável só chega a cerca de 36, 6% da população do distrito de Machaze (130, 528 habitantes), segundo dados do Programa Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento Rural (Pronasar). Moçambique, 25 de outubro de 2015. (ACOMPANHA TEXTO). ANDRÉ CATUEIRA/LUSA
Filomena Maio, Moçambique, 25 de outubro de 2015. ANDRÉ CATUEIRA/LUSA

Londres, 24 out (Lusa) – Danças de Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe fazem parte do programa de celebrações do “Mês da História Negra” em Wrexham, no País de Gales, no domingo.

As celebrações incluem três apresentações de dança: o “Sorriso da Esperança”, que é uma oficina de dança moçambicana, aulas de Kizomba angolano e Puita, a dança de tradicional são tomense.

Haverá também animação com música africana colocada pelo disco-jóquei são tomense Chissole Mondo, conhecido por DJ Norton, e informação sobre Cabo Verde e Guiné Bissau.

Iolanda Banu Viegas, recém-eleita Conselheira das Comunidades Portuguesas e fundadora da Comunidade da Língua Portuguesa de Wrexham, saudou a oportunidade para participar nesta festa multicultural.

“Foi a primeira vez que fomos convidados para organizar todo o evento e aproveitámos para envolver a diáspora local dos países africanos lusófonos, que muita gente daqui desconhece”, disse à agência Lusa.

Outros países africanos, como Nigéria, Gana e Quénia, estarão representados com a leitura de poesia e um recital de piano, bem como o serviço de bebidas e comida tradicionais.

O “Mês da História Negra” começou em 1987 em Londres e é celebrado anualmente em outubro para celebrar a diversidade e cultura africana, tendo-se entretanto espalhado por todo o Reino Unido.

Paralelamente, será feita sensibilização contra o racismo, adiantou Iolanda Banu Viegas.

BM // MSF – Lusa/fim
Mulher angolana em traje típico aguarda a chegada do Papa a Benguela, a 9 de junho de 1992, durante a visita papal a Angola. Acácio Franco / Lusa
Mulher angolana em traje típico aguarda a chegada do Papa a Benguela, a 9 de junho de 1992, durante a visita papal a Angola.
Acácio Franco / Lusa

 

Subscreva as nossas informações
Scroll to Top