Gilvan Muller de Oliveira, que falava aos jornalistas no final da IX reunião do conselho científico do IILP, disse que isso só foi possível a partir dos planos de ação de Brasília e Lisboa, das conferências internacionais desenvolvidas sobre o tema, dos quatro colóquios que as comissões do IILP e a direção executiva organizaram em Luanda, Maputo, Praia e Guarabira, no Brasil.
“Tudo isso criou uma vivência e um conhecimento mútuo das comissões nacionais de língua portuguesa e também um crescimento da confiança na própria instituição como fórum capaz de encontrar soluções, resolver problemas, contribuir para o futuro da língua portuguesa e dar consistência a esse pilar da CPLP que é a língua portuguesa”, acrescentou.
Quanto à reunião do conselho científico do IILP, o diretor executivo informou que serviu para o avanço de alguns projetos, nomeadamente o lançamento da plataforma do Vocabulário Ortográfico Comum (VOC) de Língua Portuguesa, já com mais de 250 mil palavras, estando o seu lançamento oficial previsto para a cimeira de Díli, em julho.
“O comunicado final reforça o papel que os ministros da Educação atribuem ao conselho científico do IILP como instância de deliberação sobre o acordo ortográfico e, ao mesmo tempo, conclama todos os países a estabelecerem relações com a equipa central do VOC, no sentido de resolver problemas lexicais particulares”, prosseguiu.
Em relação ao parecer oficial apresentado por Angola sobre o Acordo Ortográfico de 1990, o conselho científico do IILP deliberou que as questões devem ser trabalhadas junto da equipa técnica do VOC, à semelhança do que aconteceu com as equipas de outros Estados-membros que lidaram com a questão da integração de palavras de origem bantu ou de outras línguas.
A reunião, à porta fechada, serviu ainda para eleger o moçambicano Raul Calane da Silva para a presidência do conselho consultivo, em substituição da cabo-verdiana Amália Lopes.
Foram ainda aprovados alguns instrumentos de gestão, como o relatório e plano de atividades, relatório e contas, orçamento para 2014.
O evento contou com a presença de representantes de todos os oito Estados-membros, exceto a Guiné-Bissau que, entretanto, é esperada numa próxima reunião a este nível.
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