Vice-representante de Portugal junto às Nações Unidas, Cristina Pucarinho, lembra que a língua, presente em quatro continentes, também cresce nas diásporas ao redor do mundo além de ser idioma oficial em Macau, na China
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
Com “vontade e determinação políticas”, os países que falam a língua portuguesa podem ajudar a projetá-la mais em todo o mundo. A afirmação é da embaixadora de Portugal, Cristina Pucarinho, que ocupa a vice-chefia da Missão do país junto à ONU.
Em entrevista à ONU News, e que se relacionam em vários blocos integrados por nações da lusofonia como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp; União Europeia, Mercosul, Sadc, Cedeao, União Africana e outros.
Internacionalização
Segundo Pucarinho, o português tem um enorme potencial de afirmação política e ao se projetar como língua internacional, o idioma também ajuda a promover as nações que falam português no mundo.
“Houve já várias conferências sobre a internacionalização da língua portuguesa e este Plano de Ação de Díli 2014 para a internacionalização da língua portuguesa, que é – eu diria – um percurso que deveria ser natural dada à globalidade desta língua. É uma língua que tem uma expressão global, de expressão geográfica portanto geograficamente em quatro continentes, uma região administrativa especial chinesa. Mas também, a expressão pelo número de falantes. E pela sua capacidade de expansão. É uma língua que tem realmente indícios de capacidade de expansão enormes. Portanto, atualmente falada por mais de 260 milhões de pessoas… Mas tem esse aspecto, a diáspora e a própria inserção geográfica de seus Estados membros, espalhada por quatro continentes, e Macau…e isso é muito interessante.”
Segundo Pucarinho, mais pode ser feito para a obtenção de dividendos como frutos da cooperação política em espaços multilaterais em toda a lusofonia.
“E julgo que há condições, com vontade e determinação políticas, que julgo que também existe, de projetar mais esta língua. E projetando mais essa língua, os Estados-membros que a têm como língua oficial também se projetam a si próprios. E a organização. Nós compreendemos aqui, por exemplo, no contexto das Nações Unidas como é importante ter uma constituency sólida, coesa, que se articula. E a Cplp também é uma organização de concertação político diplomático. Uma vertente que eu julgo que pode ser mais explorada e melhor, no futuro, neste contexto multilateral mas também em outros contextos.” Ler o artigo completo Rádio ONU