Cinco murais de Vhils em bairros de Newark

Newark, 21 set (Lusa) – O artista plástico Alexandre Farto, conhecido como Vhils, vai criar cinco murais em Newark, nos Estados Unidos, instalando uma das obras em cada um dos bairros da cidade que acolhem uma grande comunidade portuguesa.

A iniciativa é do consulado de Portugal em Newark, liderado pelo cônsul Pedro Olivera, da câmara municipal da cidade e do Museu de Newark.

“Os parceiros deste projeto valorizam as manifestações artísticas como parte do crescimento e desenvolvimento da cidade e, nesse contexto, destacam a relevância desta intervenção de um dos maiores expoentes mundiais na arte pública”, disse a organização em comunicado.

Para os responsáveis do projeto, esta parceria “constitui igualmente uma forma de reconhecimento da comunidade luso-americana” e do “seu contributo para a cidade.”

A iniciativa é formalizada hoje à noite, numa cerimónia em que estará presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Câmara Municipal de Newark, Ras Baraka.

Alexandre Farto, 28 anos, captou a atenção a ‘escavar’ muros com retratos, um trabalho que tem sido reconhecido a nível nacional e internacional e que já levou o artista a vários cantos do mundo.

Vhils cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com ‘graffiti’, aos 13 anos, antes de rumar a Londres, para estudar Belas Artes, na Central Saint Martins, depois de não ter conseguido média para uma faculdade portuguesa.

Em 2014, inaugurou a sua primeira grande exposição numa instituição nacional, o Museu da Eletricidade, em Lisboa. “Dissecação/Dissection” atraiu mais de 65 mil visitantes em três meses.

Esse ano ficaria também marcado pela colaboração com a banda irlandesa U2, para a qual criou um vídeo incluído no projeto visual “Films of Innocence”, que foi editado em dezembro de 2014, e é um complemento do álbum “Songs of Innocence”.

Em 2015, o trabalho de Vhils também chegou ao espaço, à Estação Espacial Internacional (EEI), no âmbito do filme “O sentido da vida”, do realizador Miguel Gonçalves Mendes.

No passado mês de março, inaugurou a primeira exposição individual em Hong Kong, “Debris”, no topo do Pier 4 (Cais 4), uma mostra que reflete a cidade e a identidade de quem nela habita para ver e, sobretudo, “sentir”.

Paralelamente ao desenvolvimento da sua carreira criou, com a francesa Pauline Foessel, a plataforma Underdogs, projeto cultural que se divide entre arte pública, com pinturas nas paredes da cidade, e exposições dentro de portas, em Lisboa.

Este ano, recebeu o prémio personalidade do ano da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.

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