Londres, 27 nov (Lusa) – A abertura caberá a “Reidy – A Construção de uma Utopia”, filme de Ana Maria Magalhães sobre a “liberdade de criação” do arquiteto urbanista Affonso Eduardo Reidy, pioneiro da arquitetura moderna no Brasil e de alguns projetos marcantes no Rio de Janeiro.
O documentário “Operações SAAL”, que João Dias realizou sobre o programa de habitação que existiu nos anos após a revolução do 25 de Abril de 1974, intitulado Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), representa a “liberdade utópica”.
Premiado em vários festivais internacionais, o filme de animação “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, ilustra a “liberdade de escolha” na viagem de um menino órfão, do campo até uma grande cidade.
A “liberdade de expressão” é exposta no filme “Cinema – Alguns Cortes: Censura III”, produzido por Manuel Mozos a partir de uma montagem de material que a censura do regime da ditadura em Portugal excluiu, por questões morais.
O fecho cabe ao premiado documentário “E Agora? Lembra-me”, de Joaquim Pinto, que, através da visão pessoal sobre a convivência com a sida e a hepatite C, reflecte também sobre a “liberdade de orientação sexual”.
O filme foi distinguido no ano passado, no Festival de Locarno, na Suíça, com o Prémio Especial do Júri, o Prémio da Crítica e o Prémio Júri Jovem, o Prémio de Melhor filme no DocLisboa, entre outras distinções, tendo sido selecionado para candidato de Portugal às nomeações para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Desde o ano passado que o Festival de Cinema Português no Reino Unido, organizado pelo coletivo Filmville, se passou a chamar Utopia e a abrir a programação a filmes de outros países lusófonos.
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Foto: Profissionais dos espetáculo assistem a um filme sobre os 100 anos do cinema português em frente à Assembleia da República, Lisboa, 9 de maio de 2012. ANTONIO COTRIM/LUSA