Macau, China, 03 out (Lusa) – Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e China estarão representados pelos respetivos primeiros-ministros na conferência deste mês do fórum de cooperação entre a China e os países lusófonos, conhecido como Fórum Macau, foi hoje anunciado.
Já Angola, Brasil e Timor-Leste estarão representados por ministros no encontro, que se realiza a 11 e 12 de outubro, em Macau, segundo anunciou hoje o secretariado permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Pequim atribuiu a Macau, em 2003, o papel de ser uma plataforma de cooperação entre a China e os países lusófonos e criou no mesmo ano o Fórum Macau, que reúne a nível ministerial a cada três anos.
Em 2013, data da última conferência ministerial, apenas um primeiro-ministro esteve no encontro (Rui Barros, da Guiné-Bissau). Portugal, China e Timor-Leste fizeram-se representar pelos vice-primeiros-ministros e o Brasil pelo então vice-presidente, Michel Temer, que hoje preside ao país. As restantes delegações eram chefiadas por ministros.
Este ano, haverá assim, segundo a informação hoje divulgada, cinco chefes de Governo no encontro em Macau: António Costa (Portugal), José Ulisses Correia e Silva (Cabo Verde), Baciro Djá (Guiné-Bissau), Carlos Agostinho do Rosário (Moçambique) e Li Keqiang (China).
A delegação de Angola será chefiada pelo ministro da Economia, Abrahão Gourgel; a do Brasil pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira; e a de Timor-Leste pelo ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Económicos e Ministro da Agricultura e Pescas, Estanislau Aleixo da Silva.
São Tomé e Príncipe não integra o Fórum Macau, por manter relações diplomáticas com Taiwan.
Segundo o comunicado hoje divulgado, a conferência deste ano, onde “serão definidas as linhas, áreas e modalidades de cooperação entre a China e os países de Língua Portuguesa para o triénio 2017-2019″, tem como tema: “Rumo à consolidação das relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa: unir esforços para a cooperação, construir em conjunto a plataforma, partilhar os benefícios do desenvolvimento”.
“Procurará explorar novas áreas para a cooperação económica e comercial (…), elevando o nível de cooperação e, simultaneamente, fortificando e dando continuidade ao processo de consolidação do papel de Macau como plataforma”, acrescenta a mesma nota.
A par da conferência ministerial, será ainda lançado o “projeto do complexo da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, a construir em Macau, e haverá uma “conferência de empresários e quadros da área financeira”.
Macau, território administrado por Portugal até 1999, é desde esse ano uma região da China com administração especial, que goza de ampla autonomia e onde o português continua a ser língua oficial, a par do chinês.
MP (JOYP) // APN – Lusa/Fim