O anúncio dos novos órgãos dirigentes foi feito na 29.ª reunião da Assembleia-geral da UCCLA que decorre desde quinta-feira e até hoje na capital cabo-verdiana.
Ulisses Correia e Silva enalteceu o papel que a instituição tem desempenhado, lembrando que a UCCLA tem-se afirmado cada vez mais no espaço internacional.
“Significa que vamos ter uma grande responsabilidade relativamente a um dos órgãos mais importantes da organização, tendo em conta que é quem garante toda a parte operacional da execução de competências da UCCLA. Isso representa o nosso engajamento com esta organização que tem estado a ganhar notoriedade e utilidade em cidades situadas na Ásia, África, Europa e América”, defendeu.
Por sua vez, o próximo secretário-geral da organização realçou os projetos já em funcionamento e alertou para a necessidade de se trabalhar nas parcerias entre empresas e municípios no espaço lusófono.
Em tempos de crise, Vítor Ramalho afirmou que é necessário deixar a lógica dos donativos e passar a valorizar as parcerias sobretudo com as empresas e os municípios.
“Hoje em dia é absolutamente decisivo o contributo das empresas e devemos apostar em parcerias e dinamizar bastante a vertente empresarial que é fundamental para o futuro dos nossos povos e na afirmação da UCCLA. As parcerias entre as empresas, municípios já começaram a ser exploradas e tem que ser reafirmada no interesse da UCCLA e dos municípios porque representa o futuro da sustentação da organização”, explicou.
Por sua vez, o secretário-geral cessante, Miguel Anacoreta Correia afirmou que a UCCLA é hoje “uma instituição altamente moralizada”.
“Os desafios da UCCLA são continuar a renovar-se, consolidar aquilo que atingimos e motivar as cidades e as empresas que a UCCLA é um valor seguro. É que a hora dos donativos já passou, agora é o momento das parcerias e é isso que a UCCLA terá que continuar a fazer”, disse.
Na Assembleia-geral da UCCLA estão representantes de cerca de 40 membros, entre empresas e câmaras municipais de quatro continentes, constituindo o maior número de sempre de participantes.
De Portugal participam delegações das câmaras municipais de Lisboa, Cascais, Guimarães, Coimbra, Angra do Heroísmo, bem como representantes de várias empresas e instituições, como a Caixa Geral de Depósitos, Montepio Geral, EMEL e agência Lusa, entre outras.
De Cabo Verde estarão presentes responsáveis municipais da Cidade da Praia, Santa Catarina, Ribeira Grande de Santiago, São Filipe e São Vicente, além de empresas locais, como a CV Telecom e a Tecnicil.
Presentes estarão também os governos provinciais de Luanda, Huambo e Benguela, Kazenga e Belas (Angola), os conselhos municipais de Maputo, Beira e ilha de Moçambique (Moçambique) e o governo regional do Príncipe (São Tomé e Príncipe).
Macau está igualmente presente, através da Delegação Económica e Comercial, enquanto o Brasil está representado pela vice-prefeita de Salvador da Baía.
Em paralelo, a UCCLA, com o apoio da Câmara Municipal da Cidade da Praia, inaugurou duas exposições – “Revisitar Cabo Verde” e “UCCLA – Lusofonia em Desenvolvimento”.
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