A CESL – Ásia vai abandonar a sua posição na estrutura do Instituto Português do Oriente (IPOR). A novidade foi avançada por Ana Paula Laborinho, presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, um dos associados fundadores do IPOR, em declarações à emissora em língua portuguesa da Rádio Macau.
“A CESL-Ásia, desde há algum [tempo], não tem participado. Ainda não firmámos o acordo, mas há outras empresas que estão a entrar”, afirmou a dirigente, convidada da mais recente edição do programa Rádio Macau Entrevista. Apesar de não ter avançado com quaisquer nomes, Ana Paula Laborinho referiu que as novas entidades têm “interesses portugueses” ou contam com “participação portuguesa”.
São seis as empresas que desde a fundação do Instituto Português do Oriente foram constituídas associadas ordinárias: o Banco Espírito Santo do Oriente, BNU (Banco Nacional Ultramarino), CESL – Ásia, EDP (Electricidade de Portugal), Hovione – FarmaCiência e STDM (Sociedade de Turismo e Diversões de Macau). A Assembleia Geral do IPOR definiu desta forma as empresas por contribuírem para o património associativo do instituto. A CESL – Ásia é a segunda empresa a abandonar a estrutura acionista do IPOR, após a saída do Banco Espírito Santo do Oriente, agora rebatizado de Novo Banco Ásia.
No mesmo programa, a responsável pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, divulgou o orçamento que o Instituto Português do Oriente dispõe para este ano, situando-o em 14,5 milhões de patacas. Ana Paula Laborinho defendeu ainda o acordo ortográfico, considerando que “seria trágico para as crianças voltar atrás, uma vez que o acordo está já em vigor nas escolas”. O Instituto Português no Oriente oferece um leque de cursos de língua portuguesa e tem como principal objetivo preservar e difundir a língua e a cultura portuguesa no Oriente.