Lisba, 15 jan 2024 (Lisboa) – As candidaturas à quarta edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina encontram-se abertas até 31 de março, anunciou hoje a companhia Cepa Torta, promotora do galardão.
Promover, reconhecer e divulgar a dramaturgia de autoria feminina em língua portuguesa são objetivos do prémio, integrado no Festim Esta Noite Grita-se, de leitura de textos de teatro e cuja oitava edição decorre de outubro a dezembro próximos, acrescenta a companhia.
Podem concorrer ao prémio pessoas singulares, maiores de idade, que se identifiquem com o género feminino, sejam cisgénero ou transgénero, e queiram propor uma obra dramatúrgica inédita e nunca representada.
Num montante de 750 euros, o prémio contempla ainda a edição da obra, através de uma parceria com a editora Douda Correria, e a sua inclusão na programação da oitava temporada do Esta Noite Grita-se.
Sofia Perpétua, com “Tanque” (2023), Maria Giulia Pinheiro, com “Isso não é relevante” (2022), e Lara Mesquita, com “Sempre que acordo” (2021), foram as vencedoras das anteriores edições do prémio, que contaram com mais de 350 candidaturas oriundas de vários países de língua portuguesa.
O regulamento do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina está disponível em www.cepatorta.org/premio-literario.
CP // MAG – Lusa/fim
O Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina pretende promover, reconhecer e divulgar a dramaturgia de autoria feminina em língua portuguesa e destina-se a todas as pessoas singulares, maiores de idade, que se identifiquem com o género feminino, sejam cisgénero ou transgénero.
Este prémio pretende promover, reconhecer e divulgar a dramaturgia de autoria feminina em língua portuguesa. O concurso está aberto a todas as pessoas singulares, maiores de idade, que se identifiquem com o género feminino, sejam cisgénero ou transgénero, e que querem propor uma obra dramatúrgica inédita e nunca representada.
De acordo com o International Centre for Women Playwrights, ONG que se dedica ao estímulo do trabalho das mulheres dramaturgas, 70% das peças produzidas anualmente no mundo são de autoria masculina. Na edição de obras o número ainda desce mais – em Portugal estimamos que menos de 15% dos textos editados são de mulheres. Este panorama em nada favorece a diversidade e a riqueza da produção artística, impedindo a inovação trazida pelo olhar feminino de criadoras que, sem um estímulo adequado, continuam a estar arredadas dos circuitos necessários para a divulgação das suas obras. Na direção artística do Esta noite grita-se temos tido dificuldades em fazer um equilíbrio do género autoral porque as opções de escolha são muito reduzidas no que toca a dramaturgas. Somente através do estímulo à criação será possível mudar esta realidade e garantir que mais mulheres artistas arriscam e publicam os seus trabalhos.
Deixamos alguns links úteis para quem quiser aprofundar um pouco mais este tema:
https://www.womenarts.org/not-even/not-even-impact-of-playwrights-gender/
https://lafpi.com/the-facts/#10
https://www.womenplaywrights.org/The-Challenge
Nas suas três primeiras edições, o prémio contou com mais de 350 candidaturas provenientes de vários países de língua portuguesa, tendo a edição de 2023 fechado com chave de ouro, com a cerimónia de entrega do prémio e leitura do texto, na Fundação Calouste Gulbenkian, no início de dezembro.
Sofia Perpétua venceu a 3ª edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina, com a peça “Tanque”. Maria Giulia Pinheiro foi a vencedora da 2ª edição, com a obra “Isso não é Relevante”, em 2022 e Lara Mesquita venceu a 1ª edição, com “Sempre que Acordo”, em 2021.