Cabo Verde vai criar sociedade para gerir parque tecnológico do país

Cabo Verde vai criar uma sociedade gestora de todo o parque tecnológico do país, uma parceria entre os setores públicos e privados que também irá envolver as universidades, anunciou hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.

Em declarações aos jornalistas para dar conta dos resultados da primeira reunião do Conselho Estratégico do Cluster das Tecnologias de Informação e Comunicação (CECTIC), que aconteceu na Cidade da Praia, José Maria Neves indicou que o grupo de reflexão e acompanhamento para a economia criativa e digital será responsável ainda por criar oportunidades para o investimento do setor privado cabo-verdiano e estrangeiro.

“O Data Center, na Cidade da Praia, já está pronto, há oportunidades para parcerias entre o setor público e o setor privado e podermos redinamizar todo o domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação e acelerar o desenvolvimento do Cluster das TIC”, sustentou.

José Maria Neves indicou que na reunião ficou ainda decidida a criação de um Núcleo Operacional do Cluster TIC e de fundos, mas sem avançar valores, para apoiar as empresas e o desenvolvimento sociedade informação no arquipélago.

Além disso, o chefe do Executivo cabo-verdiano avançou que “num curto prazo de tempo” serão apresentadas propostas no domínio financeiro e fiscal para estimular o desenvolvimento das tecnologias informacionais, garantir mais competitividade e mais apoio às empresas.

“Temos diferentes propostas, como o Mundo Novu, o E-Escola, a Governação Eletrónica e a estratégia de banda larga. As orientações vão no sentido de acelerarmos e aproveitarmos melhor essas propostas e podermos criar mais espaços e oportunidades para o setor privado”, prosseguiu.

O primeiro-ministro disse ainda o país vai criar incentivos e isenções fiscais para reduzir custos de equipamentos informáticos e garantir maior acesso às TIC no país.

Na abertura da reunião do CECTIC, José Maria Neves disse que o Governo quer criar as condições para “dar o salto” no domínio das TIC para poder aproveitar as oportunidades e fazer o setor privado crescer.

“Se há um setor onde podemos criar, inovar e contribuir para aumentar a dimensão do mercado cabo-verdiano são as TIC”, apontou, recordando que o país conseguiu ganhos institucionais e legais a partir de 2006, com o processo de liberalização do mercado, que criaram um ambiente favorecedor ao desenvolvimento do setor.

RYPE // APN – Lusa/Fim

Foto: O primeiro aviao a descolar do Aeroporto de Beja, com destino a Cabo Verde, com 67 passageiros. Beja, 13 de abril de 2011. NUNO VEIGA / LUSA

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