Praia, 12 nov 2021 (Lusa) – Cabo Verde manifestou hoje a vontade de apostar na especialização em formações ministradas pela agência Lusa aos jornalistas e profissionais da comunicação social da agência de notícias cabo-verdiana, Inforpress.
A vontade foi manifestada na cidade da Praia pelo gestor único da Inforpress, José Vaz Furtado, e pelo secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro cabo-verdiano, Lourenço Lopes, no final da 6ª formação em jornalismo de agência, promovida pela agência cabo-verdiana de notícias, em parceria com a Lusa, o Camões – Instituto da Coooperação e da Língua, de Portugal, e o Governo de Cabo Verde.
“Vamos continuar nesta senda, sendo a nossa prioridade para o próximo ano a especialização dos jornalistas em várias áreas, como a economia, finanças, justiça, política, ambiente”, apontou o gestor, para quem a agência cabo-verdiana não vai ser a mesma a partir de agora.
E disse que quer continuar a contar com a parceria do instituto Camões, da agência Lusa e do Governo de Portugal para apoiar a agência cabo-verdiana em mais ações de formação para o próximo ano, para estar “à altura dos desafios”.
Para o secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro cabo-verdiano, Lourenço Lopes, a autocensura resulta, muitas vezes, da deficiente formação em vários setores de atividade.
“Temos que apostar na especialização”, afirmou o governante, para quem quanto melhor for a formação dos jornalistas, maior é a sua independência face aos diversos poderes.
Durante a cerimónia, foram ainda entregue os certificados de participação na formação de quase 50 jornalistas e profissionais da comunicação da Inforpress e de outros órgãos públicos e privados cabo-verdianos.
Foi ainda assinado um protocolo entre a Lusa e o Governo de Cabo Verde e um memorando de entendimento entre a agência portuguesa e a Universidade de Cabo Verde, que marca o início das relações entre a agência noticiosa portuguesa e a única universidade pública cabo-verdiana.
Os documentos foram assinados no âmbito de uma visita que o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Lusa, Joaquim Carreira, efetua esta semana a Cabo Verde, chefiando uma delegação composta ainda pela diretora de Informação, Luísa Meireles, e pela diretora Comercial e Marketing, Mónica Garcia.
O protocolo assinado entre o secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro e o presidente da Lusa tem como um dos vetores a realização de estágios curriculares por parte de estudantes em final do curso de Comunicação Social em universidades cabo-verdianas na sede da agência portuguesa, em Lisboa.
Segundo o documento, no início do ano seis estudantes em final de curso realizarão um estágio na delegação da Lusa em Cabo Verde e os dois melhores serão selecionados para continuar os trabalhos na sede, em Lisboa.
Capacitar as rádios comunitárias cabo-verdianas e aumentar as suas competências e fornecimento de conteúdos da Lusa, assim como na formação contínua de profissionais de comunicação social e participação em seminários e conferências internacionais são os outros pontos da parceria.
“Queremos continuar e reforçar a presença [em Cabo Verde]. A questão dos estágios é o reforço relativamente a parcerias do passado, que podem passar por outras áreas, como a parte tecnológica, multimédia, competências digitais. O caminho já vem de longe, estamos abertos, temos tido uma dinâmica excelente com Cabo Verde e é para continuar”, disse, de manhã, o presidente da Lusa, após ser recebido em audiência pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
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