Cabo Verde espera que entrada da cachupa no Guinness promova gastronomia do país

30Praia, 23 ago (Lusa) – O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse hoje esperar que a entrada da cachupa para o livro dos recordes do Guinness possa promover outros produtos típicos e projetar a gastronomia do país a nível mundial.

“Esperamos que [a entrada da cachupa para o Guinness] seja uma grande projeção da gastronomia cabo-verdiana a nível mundial. Esperamos que tenha um grande impacto e que possamos promover a nossa gastronomia especial e tradicional e possamos, também, promover o país”, disse o chefe do Governo.

Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas durante a gala de atribuição da conquista, após o ano passado a Cavibel, organizadora do festival Badja ku Sol, ter feito a maior cachupa do mundo, entrando diretamente para o livro de recordes do Guinness.

Os organizadores, que conseguiram o feito à terceira tentativa, precisavam, entre outros requisitos, de confecionar pelo menos duas toneladas do prato típico cabo-verdiano, mas ultrapassaram esse valor, tendo cozinhado 6.360 quilogramas, numa única panela.

Para o primeiro-ministro, o feito significa uma “responsabilidade social muito grande” da empresa, esperando que outras possam usar a sua criatividade e capacidade de inovação para promover outros produtos cabo-verdianos.

“É um grande desafio, porque temos vários produtos muito típicos que identificam bem Cabo Verde e esperemos que haja criatividade e capacidade de inovação para promover outros produtos”, sustentou Ulisses Correia e Silva, que identificou o caldo de peixe como outro prato típico cabo-verdiano que poderá também concorrer para o Guinness.

Em declarações aos jornalistas, a diretora de Marketing da Cavibel, Hernídia Tavares, disse que a entrada da cachupa no livro de recordes do Guinness é, a partir de agora, uma grande responsabilidade e haverá um plano de comunicação para divulgar o feito.

Para o próximo ano, a diretora de Marketing da Cavibel não garantiu se será confecionada cachupa durante o festival, mas prometeu “algo diferente”, ao mesmo tempo “extraordinário e surpreendente”.

A cachupa, a rainha da gastronomia cabo-verdiana, é confecionada à base de milho, carnes e peixe, feijões, verduras e hortaliças, entre outros ingredientes.

Depois de confecionado, o prato foi servido gratuitamente a centenas de pessoas que se deslocaram ao areal da Gamboa, na cidade da Praia, para assistir ao festival Badja ku Sol.

RYPE // JLG – Lusa/Fim
Foto de Zé Pinho (FLICKR): Aires moendo o milho para a cachupa em Sal Rei, Ilha da Boavista, Cabo Verde.
Foto de Zé Pinho (FLICKR): Aires moendo o milho para a cachupa em Sal Rei, Ilha da Boavista, Cabo Verde.
Cachupa é um prato típico da gastronomia de Cabo Verde. Distingue-se entre Cachupa Rica (elaborada com vários tipos de carne), e Cachupa Pobre (feita apenas com peixe).
A distinção entre os tipos de Cachupa tem a ver com o facto de a Rica conter carne, o que torna o prato mais caro, e apenas acessível à população com mais meios.
Para além da carne ou do peixe, a cachupa é elaborada com feijão e milho estufados, servidos, por vezes, separados dos restantes legumes cozidos. Entre estes últimos podem contar-se a batata cozida e a banana cozida. A carne e o peixe podem também ser servidos em separado, na mesma travessa dos legumes cozidos.
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