Washington, 29 jun (Lusa) – Cabo Verde é o país lusófono mais bem classificado no índice do Banco Mundial que mede a qualidade da governação económica e das instituições, alcançando o segundo lugar na classificação geral africana, atrás do Ruanda.
“O Ruanda continuou a liderar o ‘ranking’ de todos os países, com uma classificação de quatro pontos, seguido de Cabo Verde, Quénia e Senegal, com uma classificação de 3, 8”, lê-se no relatório CPIA Africa, uma publicação do departamento de empréstimos concessionais do Banco Mundial, a Associação Internacional do Desenvolvimento.
O CPIA Africa, um relatório anual que descreve o progresso dos países da África subsaariana no fortalecimento das suas políticas e instituições, analisa 38 países que cumprem os requisitos para receber apoio do Banco Mundial, que no caso dos lusófonos são Cabo Verde, Moçambique (11.º, com 3, 5 pontos), São Tomé e Príncipe (26.º lugar, com 3, 1 pontos) e Guiné-Bissau (35.º lugar, com 2, 5 pontos).
A média da África subsaariana está nos 3, 2 pontos, e os autores do relatório notam uma degradação no desempenho dos países, havendo mais do dobro dos países a descerem a sua classificação face aos que subiram.
“A gestão macroeconómica mais fraca, motivada pelas difíceis condições económicas globais, explica muita da deterioração do desempenho em cada país”, diz o Banco Mundial, notando também que “o ritmo da melhoria na governação abrandou em 2015, com sete países (contra nove em 2004) a terem ganhos mensuráveis na governança, e seis países (comparado com quatro em 2014) a terem um declínio”.