Cabo Verde é o 18º país mais atrativo para investir em África

Londres, 03 mai (Lusa) – Cabo Verde é o 18º país mais atrativo para os investidores em África, e o primeiro entre os lusófonos, segundo a edição deste ano do Programa de Atratividade do Investimento Estrangeiro, elaborado pela consultora EY.

Moçambique está na 22.ª posição, numa lista liderada por Marrocos, Quénia e África do Sul, e que até ao 25º lugar não contempla mais nenhum país de língua oficial portuguesa, tendo Cabo Verde melhorado seis lugares face à classificação do ano passado, enquanto Moçambique piorou dois níveis.

“O sentimento dos investidores relativamente a África deve continuar menos animado nos próximos anos, o que tem a ver menos com as condições fundamentais de África do que com um mundo caracterizado pelo aumento da incerteza geopolítica e por uma maior aversão ao risco”, comentou o diretor executivo da EY Africa, Ajen Sita.

Os investidores que não estão presentes em África permanecem positivos sobre a atratividade para o investimento de longo prazo no continente, mas estão cautelosos e atentos às dificuldades”, acrescentou o responsável.

O estudo da EY baseia-se numa análise de 46 países africanos e assenta em seis pilares que são considerados fundamentais para os investidores escolherem a localização do seu investimento: resiliência macroeconómica, tamanho do mercado, facilidade nos negócios, investimento em infraestrutura e logística, diversificação económica e governança e desenvolvimento humano, com os primeiros dois a valerem 20% e os restantes 15% cada.

O maior investidor estrangeiro no continente em número de projetos continua a ser os Estados Unidos, com 91 novos investimentos, seguidos da França, com 81, e da China, com 66 projetos, o que representou um aumento de 106% face ao ano anterior.

Em termos do montante do investimento, a China é, de longe, a que investe mais, tendo canalizado no ano passado 36,1 mil milhões de dólares, o que vale mais de um terço do total investido no continente, e quase três vezes mais que o segundo maior investidor, os Emirados Árabes Unidos, que enviaram para o continente 11 mil milhões de dólares para 35 projetos.

MBA // VM – Lusa/Fim

Veja também:

Subscreva as nossas informações
Scroll to Top