Brasil cai mais seis posições no índice da competitividade

Lisboa, 28 set (Lusa) – O Brasil caiu este ano seis posições no ranking mundial da competitividade do Fórum Económico Mundial, hoje divulgado, depois de no ano passado já ter registado uma queda de 18 lugares.

De acordo com dados do Relatório Global de Competitividade (2016-2017) do Fórum Económico Mundial, hoje divulgado, o Brasil surge este ano na 81.ª posição do índice, que abrange 138 países, quando no ano passado estava no 75.º lugar entre 140 países.

No entanto, mantém-se inalterada, em 4, 1 pontos, a pontuação do país no índice – que avalia 12 pilares, como educação, mercado financeiro ou inovação, com classificações de 1 a 7.

“No contexto do impacto negativo dos choques económicos e instabilidade política, o Brasil cai seis posições, para o 81.º lugar. Isto deve-se sobretudo à deterioração dos mercados de mercadorias, laboral e financeiro”, pode ler-se no relatório do Fórum Económico Mundial.

Também no pilar ‘Instituições’, “a segurança deteriorou-se, assim como a perceção da qualidade da administração do setor público”, acrescentam os autores do documento.

Não obstante, o Brasil melhorou em áreas como a proteção dos direitos de propriedade e nas medidas contra o tráfico de influências.

“A recuperação após a dura queda do ano passado reflete provavelmente a luta contra a corrupção e a independência judicial” no Brasil, cuja incerteza política e situação financeira difícil “impedem a consolidação de uma agenda de competitividade pró-crescimento na maior economia da América Latina e Caraíbas”.

Os analistas do Fórum Económico Mundial recordam que o Brasil vive atualmente um período de recessão, com taxas de crescimento económico que passaram de uma média de 4, 5% entre 2006 e 2010 para 2, 1% entre 2011 e 2014, segundo o Banco Mundial.

Para 2015 e 2016, as previsões apontam para crescimento negativo.

Segundo o Inquérito de Opinião dos Empresários, realizado junto de mais de 14 mil líderes empresariais em matérias relacionadas com a competitividade nacional, os fatores percecionados como mais problemáticos quando se faz negócios com o Brasil são a taxa fiscal (15, 9%), a corrupção (13, 6%), a regulação fiscal (12, 5%) e a burocracia (11, 9%).

Com 138 países analisados, o índice mundial de competitividade é liderado pela Suíça, com 5, 81 pontos, Singapura (5, 72) e Estados Unidos (5, 70).

Entre os últimos surgem o Iémen (2, 74 pontos), a Mauritânia (2, 94) e o Chade (2, 95).

O Relatório Global de Competitividade (2016-2017) do Fórum Económico Mundial é hoje apresentado em Lisboa pela PROFORUM, Associação para o Desenvolvimento da Engenharia, e pelo FAE, Forum de Administradores e Gestores de Empresas, numa sessão pública na AESE Business School.

A PROFORUM, a FAE e a AESE realizam em Portugal o Inquérito de Opinião dos Empresários para o Fórum Económico Mundial.

FPA // VM – Lusa/Fim
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