“Vamos evoluir para ter uma IFI (instituição financeira internacional) em Cabo Verde e Brasil e, além disso, estamos a analisar também os mercados à volta de Angola”, disse o presidente do BIC, em entrevista ao jornal Dinheiro Vivo em Lisboa.
As propostas para o BPN cabo-verdiano e brasileiro estão feitas e o banco “aguarda que haja decisões” da parte das autoridades portuguesas, o que deverá ocorrer “nos próximos meses”, adiantou.
No caso do BPN Cabo Verde, será mantido o modelo de negócio, no caso do Brasil o objectivo é abrir agências, para actuar no retalho, sobretudo para as empresas angolanas e portuguesas presentes no mercado brasileiro.
“Queremos também trabalhar com as empresas brasileiras, sobretudo aquelas que têm negócios com Portugal ou Angola”, adiantou Telles.
Depois de ter liderado o Banco Fomento Angola (BFA) (grupo BPI) durante vários anos, Telles dirige hoje o BIC e é um dos maiores accionistas (20%), juntamente com Isabel dos Santos e Américo Amorim (25%), segundo o macauhub.
O grupo BPI é um dos que tem uma presença mais forte nos países de língua portuguesa, sobretudo em Angola, juntamente com outros bancos portugueses como o Espírito Santo (BES) ou Millennium BCP.
Também o grupo Geocapital, que tem como accionistas de referência Stanley Ho, Ambrose So e Ferro Ribeiro, tem vindo a criar uma rede importante de instituições financeiras no espaço de língua portuguesa, que abrange Cabo Verde (Caixa Económica), Guiné-Bissau (Banco da África Ocidental) e Moçambique (Moza Banco).
Banco de referência em Angola, o BIC estava em crescimento em Portugal, processo que teve um grande impulso com a aquisição do Banco Português de Negócios, que permitiu alargar a sua rede de agências no país para 200.
O crescimento em Angola será prioritariamente orgânico e o BIC vai abrir este ano entre 20 a 30 agências, metade das quais já no primeiro trimestre.
“Somos o banco em Angola, a seguir ao banco público, que mais agências tem”, disse na entrevista ao Dinheiro Vivo. Ler o artigo completo.