“Bank of China” abre delegação em Portugal

O Bank of China tenciona abrir a primeira delegação em Portugal em março próximo, revelou hoje a presidente do PS, Maria de Belém Roseira, após um encontro em Pequim com o líder daquela instituição financeira estatal chinesa.

“O presidente do Bank of China transmitiu-nos que já recebeu autorização da entidade reguladora portuguesa, o Banco de Portugal, e tenciona abrir a primeira delegação em março”, disse Maria de Belém Roseira à agência Lusa.

Será a primeira delegação de um banco chinês em Portugal, mas “há vários contactos” entre bancos dos dois países, salientou a presidente do PS.

“O sistema financeiro português é muito apreciado pela sua solidez, organização e modernização”, acrescentou.

Maria de Belém Roseira termina no sábado uma visita de seis dias à China, a convite do Partido Comunista Chinês, acompanhada por quadros dirigentes do PS e dez empresários.

É a primeira delegação do género desde que os dois partidos estabeleceram relações políticas, há cerca de três décadas.

“Temos um relacionamento franco e amigo com o Partido Comunista Chinês, o que cria uma base de confiança para a aprofundar as oportunidades económicas”, afirmou a presidente do PS.

O Bank of China é o quarto maior banco estatal chinês, com operações em mais de trinta países.

Em Pequim, Maria de Belém Roseira encontrou-se também com o presidente do China Development Bank, que concedeu um empréstimo à EDP no valor de mil milhões de euros e que voltará a emprestar mil milhões de euros no início de 2014, tal como ficou acordado por altura da privatização. Já o Bank of China concedeu um empréstimo à EDP de 800 milhões de euros.

A visita da delegação do PS à China ocorre num bom momento das relações económicas luso-chinesas.

Nos primeiros onze meses de 2013, as exportações portuguesas para a China cresceram 34, 39% em relação a igual período do ano passado, excedendo pela primeira vez os mil milhões de euros, indicam estatísticas chinesas.

Segunda maior economia mundial, a China está hoje entre os dez maiores mercados de Portugal, numa subida de mais de 20 lugares em relação a 2000.

A China Three Gorges, pagou cerca de 2, 7 mil milhões de dólares por 21, 35% do capital da EDP, tornando-se este ano o maior acionista da elétrica portuguesa. Foi um dos maiores investimentos chineses na Europa.

Uma outra grande empresa estatal chinesa, a State Grid, comprou 25% do capital da REN (Redes Energéticas Nacionais) por 287, 15 milhões de euros.

Questionada pela agência Lusa sobre o crescente investimento chinês em Portugal, Maria de Belém Roseira disse que, “desde que sejam asseguradas as metodologias impostas pela nossa cultura democrática”, o PS vê isso “com muito bons olhos”.

“A China será um ator global com cada vez mais força e uma presença chinesa em Portugal abre-nos também novos perspetivas”, acrescentou.

A China Three Gorges, pagou cerca de 2, 7 mil milhões de dólares por 21, 35% do capital da EDP, tornando-se este ano o maior acionista da elétrica portuguesa. Foi um dos maiores investimentos chineses na Europa.

Uma outra grande empresa estatal chinesa, a State Grid, comprou 25% do capital da REN (Redes Energéticas Nacionais) por 287, 15 milhões de euros.

Questionada pela agência Lusa sobre o crescente investimento chinês em Portugal, Maria de Belém Roseira disse que, “desde que sejam asseguradas as metodologias impostas pela nossa cultura democrática”, o PS vê isso “com muito bons olhos”.

“A China será um ator global com cada vez mais força e uma presença chinesa em Portugal abre-nos também novos perspetivas”, acrescentou.

AC // MSF

Lusa/Fim

Foto: cartaz do Banco da China, 05/07/2006,  EPA/ZHEN ZHIWEN

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