Associação Amigos do Livro de Macau

Macau, China, 02 mar (Lusa) – A Associação Amigos do Livro de Macau apresenta-se hoje publicamente com a primeira de uma série de seis “Conversas sobre o Livro” previstas para este ano, retomando a atividade com o objetivo de fazer chegar a literatura a todos.

Entre os planos para 2016 está ainda a intenção de realizar uma Semana do Livro de Macau em Portugal, em Lisboa, eventualmente no final do próximo mês de outubro.

Criada em 2005, a Associação Amigos do Livro de Macau retoma a sua atividade, com o objetivo renovado de “fazer chegar o livro a todos”, considerando “haver atualmente condições para realizar iniciativas”, em suma, “uma maior recetividade”, depois de circunstâncias adversas, como a falta de apoios, não lhe terem permitido avançar em termos práticos, explicou o presidente, Rogério Beltrão Coelho, à agência Lusa.

O primeiro debate, na Fundação Rui Cunha, tem como tema “Património Literário de Macau: Abordagens, Propostas e Projetos”, e será conduzido, ao final da tarde de hoje, por Tereza Sena, investigadora do Centro de Estudos das Culturas Sino-Ocidentais do Instituto Politécnico de Macau.

Reativada em dezembro, e eleitos os novos corpos sociais, a Associação Amigos do Livro de Macau, que conta atualmente com um “pequeno núcleo”, procura angariar novos sócios, mas apenas depois de “mostrar obra”, para que os potenciais interessados em aderir “percebam que não é só mais uma associação”.

“Estamos a fazer isso com tranquilidade”, realçou Rogério Beltrão Coelho.

A Amigos do Livro tem como objetivo unir, à volta do interesse pelo livro, as comunidades de Macau, fomentar, especialmente entre os jovens, o gosto pela leitura como forma de lazer e desenvolvimento cultural, contribuir para um maior conhecimento das literaturas da China, de Portugal e do mundo, promover autores e criar incentivos à produção literária.

“A intenção básica é facilitar e dinamizar a atividade editorial em Macau, criando condições para a produção, mas também para a promoção e distribuição”, operando em toda a linha, sublinhou Rogério Beltrão Coelho, editor da Livros do Oriente.

Promover ações de sensibilização junto do Governo para a criação de um fundo editorial, de um fundo de tradução – em particular, destinado às traduções de chinês para português – e bolsas literárias figuram entre as iniciativas da Amigos do Livro constantes do plano de ação para 2016.

“Andamos a lutar há muitos anos. Agora como associação, acho que o apoio terá outra força que não tem uma editora isolada”, realçou o presidente da Amigos do Livro.

Já a próxima “Conversas sobre o Livro” está prevista para maio e deve ter como tema a moderna literatura de expressão portuguesa.

DM // MP – Lusa/FimConversas sobre o Livro

 

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