Quando se fala de grafias duplas, não nos podemos esquecer das palavras que, antes do acordo ortográfico de 1990, já tinham uma alternância entre o ditongo ‘ou’ e ‘oi’ sem alteração de significado.
Vamos referir alguns exemplos dessas palavras para que não nos esqueçamos que o fenómeno das grafias duplas não é uma invenção do novo acordo. Prende-se, sim, com a dinâmica da língua e o respeito por cada um dos falantes, no sentido de regulamentar as formas mais utilizadas.
Então vejamos: balouçar/ baloiçar; bouça/ loiça; calabouço/ calaboiço; couraça/ coiraça; dourar/ doirar; embarcadouro/ embarcadoiro; encouraçar/ encoiraçar; estourar/ estoirar; frouxo/ froixo; lavadouro/ lavadoiro; louro/loiro; louça/ loiça; malhadouro/malhadoiro; manjedoura/manjedoira; matadouro/ matadoiro; miradoiro/ miradoiro; mouro/ moiro; ouro/ oiro; papoula/ papoila; salmoura/ salmoira; tesoura / tesoira; vassoura/ vassoira; vindouro/ vindouro.
A grafia dupla é a possibilidade de se escrever a mesma palavra de duas formas.
Lúcia Vaz Pedro
- O “fantasma” das grafias duplas
- “Ainda as grafias duplas”
- As grafias duplas: Palavras com alternância do Ditongo OU/OI (mas com o mesmo sentido)