Artistas urbanos dedicam mural à língua portuguesa

A propósito da II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que decorre na terça e quarta-feira, na Reitoria da Universidade de Lisboa, três criadores/writers — Nark, Youth One e Nomen – foram convidados a trabalhar sobre a importância da língua portuguesa e o seu futuro.

Tudo começou com um desafio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do instituto Camões à Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, no sentido de integrar na programação da conferência sobre a língua uma componente de arte urbana que desse um toque de modernidade à segunda edição do evento.

O objetivo era criar uma “peça facilmente lida pelo público em geral”, explica Inês Machado, técnica do Departamento de Património Cultural da autarquia lisboeta.

Entre latas e escadotes, Nark, Youth One e Noman dão os retoques finais no mural, que ocupa uma parede de relativa dimensão.

Uma folha de papel esvoaça das mãos de uma mulher africana projetada por Nomen e percorre a pintura de Youth One até chegar às mãos das crianças desenhadas por Nark.

Pelo meio, cabe a Youth One fazer a ligação entre todos os países da CPLP. O tom é verde, vermelho e amarelo, da bandeira de Portugal, e azul de Brasil e Cabo Verde, estão lá uma casa tradicional da cidade timorense de Lospalos, o Corcovado do Rio de Janeiro e o pôr-do-sol de África, tudo sobrevoado pelas folhas de papel, que “alguém escreveu, passou e leu”, resume o writer.

O mural pretende representar a comunidade lusófona, através da comunicação “escrita, verbal, unificada entre os vários países que falam português como língua-mãe”, passando uma ideia de “união e universalidade”, acrescenta Nomen.

“Não foi fácil, porque cada um tem o seu estilo, cada um tem as suas ideias, foi um bocado cedência de parte a parte para chegarmos a este mural”, reconhece Nark.

Os três criadores residentes em Portugal, dois dos quais de origem angolana, são “reconhecidos no universo da arte urbana e da comunidade artística de graffiti nacional e também internacional”, observa Inês Machado. Ler o artigo completo.

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