“Encomendas Namban. Os Portugueses no Japão da Idade Moderna” é uma exposição original e inédita que vinca e evidencia a presença portuguesa no Oriente, onde é marcadamente notória a nivel comercial mas também a nivel religioso.
De salientar que a Companhia de Jesus tinha a sua influência bem evidente por exemplo em Nagasaqui, cidade que lhes foi oferecida pelos japoneses.
Segundo dados históricos os portugueses terão chegado ao Japão entre 1542/1543.
O Japão era conhecido desde o tempo de Marco Polo, que lhe chamou Cipango, mas terão sido efectivamente os portugueses os primeiros europeus a chegar ao Japão, e os japoneses puseram-lhes de imediato um nome: “namban jin” o que significa “os homens feios do sul”.
E é sobretudo este percurso e esta passagem de portugueses por território japonês, percurso que termina oficialmente com a sua expulsão em 1587 que é retratada nesta exposição.
O certo é que comerciantes portugueses desde logo começaram a negociar com o Japão. A partir de 1550, o comércio com o Japão passou a ser intenso e especialmente muito lucrativo.
Em 1557 os portugueses ao estabelecerem-se em Macau, na China, aumnetam ainada mais o comércio com o Japão sobretudo no que se refere à prata.
Por outro lado os missionários, os jesuítas que chegam ao Japão em 1549 vão solidificar estas relações cordiais.
Foi com os portugueses que entrou no Japão a imprensa de tipo metálico, sendo um missionário português quem escreveu a primeira gramática da língua japonesa.
Foram também os portugueses que introduziram no Japão as armas de fogo, além de novos conhecimentos nos domínios da medicina, astronomia.
E é a História, melhor um pedaço da História de Portugal no mundo que se vê e se comprova nesta extraordinária exposição que está patente no Museu do Oriente.
Nos quatro núcleos em que a exposiçaõ está dividida está bem patente a evolução destas relações comerciais e religiosas através de artefactos que demosbtram bem a presença portuguesa no Japão que a influência que a cultura dos “namban jin” teve num povo que embora influenciado nunca perdeu as sua referências culturais.
O Museu do Oriente está de parabéns por esta iniciativa bem como a curadora da exposição Alexandra Curvelo.
FONTE: Hardmusica