Batizado de Máquina do Tempo, este projeto desenvolvido em parceria com a FEUP, conta com mais de quatro milhões de textos noticiosos disponibilizados pela agência Lusa, para além de notícias do semanário Expresso, Diário Económico, Rádio Renascença, SIC ou a revista Visão, entre outros órgãos de comunicação social.
Acessível em Máquina do Tempo, o portal prima pelas ligações pessoais que exibe entre protagonistas e intervenientes das notícias, permitindo uma visão geral das teias de relações entre personalidades e temas, num serviço de pesquisa em que também “todas as notícias produzidas pelos parceiros desde 2010 estão disponíveis para ser visualizadas”, disse à Lusa Benjamim Júnior, coordenador dos laboratórios Sapo.
“O grande desafio foi tornar acessível um conjunto de largos milhões de notícias através de um interface que fosse muito intuitivo de utilizar”, explicou o coordenador, que há cinco anos tem trabalhado no aperfeiçoamento desta ferramenta útil para investigadores e jornalistas, mas também ideal para “qualquer pessoa que queira navegar nessas notícias de uma forma muito amigável”.
Esta Máquina do Tempo ‘online’ conta ainda com uma barra cronológica que dá azo a uma navegação integrada entre notícias e respetivos intervenientes, o que, para Ricardo Jorge Pinto, diretor-adjunto da agência Lusa, constitui “um sonho para um jornalista”.
“É também importante porque permite ao jornalista compreender as conexões que por vezes nos passam despercebidas, mas que também nos ajuda a entender determinados fenómenos que, no fundo, são a matéria-prima com que lidamos”, considerou o diretor-adjunto.
Esta Máquina do Tempo será também pertinente na medida em que “qualquer pessoa que tenha curiosidade sobre o que está a acontecer à sua volta” poderá igualmente, recorrendo às “mais de 400 peças diárias que a agência Lusa foi acumulando ao longo de 25 anos”, encontrar “aquilo que é um retrato do seu passado”, disse Ricardo Jorge Pinto.
A Sapo Labs está a trabalhar na segunda parte deste projeto, prevista para 2014 e dedicada à “questão multimédia”, segundo o coordenador Benjamim Júnior, com “uma primeira fase dedicada à fotografia e uma segunda fase ligada ao vídeo”.
ACYS // JGJ – Lusa/Fim