Aposta no português fundamental para cooperação com mundo lusófono

Macau, China, 24 jul (Lusa) – Uma maior aposta no português é fundamental para que Macau possa concretizar a missão de plataforma de cooperação com os países de língua portuguesa, afirmou hoje o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.

“A concretização deste desígnio estratégico”, que Pequim atribuiu a Macau em 2003, “será mais fácil quanto maior for a aposta na língua portuguesa”, sublinhou o responsável na abertura do 12º. Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas (AIL), que decorre até sexta-feira no Instituto Politécnico de Macau (IPM) e pela primeira vez na Ásia.

“Macau tem caraterísticas únicas e vantagens singulares para desenvolver com êxito a missão” de cooperação económica e cultural com os países de língua portuguesa e também no âmbito do projeto de investimentos em infraestruturas, liderado pela China, “Uma Faixa, Uma Rota”, considerou.

Alexis Tam acrescentou que nos últimos anos foram dados “passos significativos” no desenvolvimento do português na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) com um maior número de alunos e níveis de ensino da língua portuguesa e com novos programas de intercâmbio e cooperação com o interior da China e os países lusófonos.

É “possível fazer ainda mais”, do ensino básico ao superior, “nos projetos e nos resultados” do desenvolvimento do português, uma das línguas oficiais de Macau, sublinhou.

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura destacou que Macau pode “ancorar em toda a Ásia” o projeto de desenvolvimento da língua portuguesa.

O português é “uma herança inegável da identidade” de Macau, com quatro séculos de história, e “visível em todo o território”, na toponímia, nas pessoas, nos lugares, disse.

“E assim continuará a ser nesta pequena cidade da grande China”, declarou.

O Presidente do IPM, Lei Heong Iok, afirmou que o português faz parte “da matriz” da instituição e é, há muitos anos, o caminho fundamental na estratégia de desenvolvimento do IPM”, destacando a aposta na mobilidade de docentes e alunos para desenvolver o estudo de português no interior da China e uma nova licenciatura, a partir deste ano, especialmente destinada a formar professores de língua portuguesa.

Nesta edição, organizada pelo IPM, o presidente da associação, Roberto Vecchi, destacou que o papel da AIL é “mostrar o alcance global das culturas que se expressam em português”.

Mais de 140 conferencistas, em representação de 14 países e 80 instituições universitárias de todo o mundo, participam neste congresso.

EJ // SB – Lusa/Fim

Programa-XII-Congresso-Associacao-Internacional-Lusitanistas-AIL-Macau-2017

Subscreva as nossas informações
Scroll to Top