Lisboa, 01 jan (Lusa) – A aplicação do Acordo Ortográfico tem estado a ser “absolutamente pacífica” em São Tomé e Príncipe, disse à agência Lusa a diretora-executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), Marisa Guião de Mendonça.
“Penso que a aplicação do Acordo Ortográfico em São Tomé tem estado a ser absolutamente pacífica, mas neste início de ano farei uma visita a São Tomé e Príncipe e uma das minhas ideias é verificar como é que o processo está a decorrer”, declarou a responsável.
Marisa Mendonça adiantou ainda à agência Lusa que, na sua deslocação ao país, pretende também “perceber que tipo de apoio as autoridades nacionais são-tomenses necessitam para uma implementação mais eficaz, mais rápida e mais conseguida do Acordo, e que tipo de apoio poderá dar o IILP”.
São Tomé e Príncipe ratificou o Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa em 2006, sendo o quarto país a fazê-lo.
O anúncio foi feito durante o Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, no Rio de Janeiro, a 14 de dezembro de 2006, ocasião em que Albertino Bragança, escritor e deputado de São Tomé e Príncipe, recordou a polémica para unificar as duas ortografias oficiais da língua portuguesa – a lusitana/africana e a brasileira.
O Acordo Ortográfico foi assinado a 16 de dezembro de 1990 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, mas não podia entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos os países.
Contudo, a aprovação de uma adenda ao Acordo Ortográfico, em julho de 2004, em São Tomé, durante a Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tornou possível a sua entrada em vigor.
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