O galardão é entregue na cerimónia do Dia do Autor, em Lisboa, durante a qual será anunciado o Grande Prémio de Teatro da SPA e entregue o Prémio Pró-Autor, que reconhece o esforço de “personalidades individuais e colectivas, para a defesa e divulgação do trabalho dos autores portugueses”.
O prémio de Carreira foi atribuído a António-Pedro Vasconcelos, pelo trabalho que desenvolveu “em prol do audiovisual em Portugal”, segundo a SPA. O prémio foi criado em 1994, tendo distinguido, entre outros, Matilde Rosa Araújo, Raul Solnado, Fernando Lopes-Graça e Carlos Paredes.
Realizador e crítico de cinema, António-Pedro Vasconcelos, 74 anos, foi fundador do Centro Português de Cinema e estreou-se nas longas-metragens, em 1973, com “Perdido por Cem…”, seguindo-se, entre outros filmes, “Oxalá” (1980), “O Lugar do Morto” (1984), “Aqui d’El-Rey” (1992), “Os Imortais” (2003), “Call Girl” (2007) e “A Bela e o Paparazzo” (2010). “Os gatos não têm vertigens” é o projecto que tem em rodagem.
Em 1999, com o filme “Jaime”, sobre a exploração do trabalho infantil, ganhou o Prémio Especial do Júri, no Festival Internacional de Cinema de San Sebastian.
António-Pedro Vasconcelos foi presidente do antigo Secretariado Nacional para o Audiovisual, de 1991 a 1993, do Conselho de Opinião da RTP e um dos rostos do movimento contra a privatização da televisão pública, criado no ano passado.
Foto de destaque: O realizador de cinema António Pedro Vasconcelos (2D), posa para a fotografia com o presidente da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), José Jorge Letria, com o jornalista Mário Zambujal (E) e com João Lourenço (D) após ter recebido o Prémio de Consagração de Carreira, na comemoração do 88.º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), esta tarde, na sede da SPA, em Lisboa, 22 maio 2013. JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA