António Fonseca eleito Secretário-geral da Academia Angolana de Letras (AAL)

O escritor António Fonseca foi ontem, dia 12 de janeiro, eleito Secretário-geral da Academia Angolana de Letras (AAL), pela Assembleia Geral daquela associação cultural, reunida pela primeira vez, em Luanda.

A Assembleia dos académicos decorreu na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA) presidida pelo seu Presidente, Artur Pestana (Pepetela), e ladeado pelo PCA da AAL, Boaventura Cardoso, bem como José Luís Mendonça, Secretário da Mesa da Assembleia Geral.

A eleição do Secretário-geral da AAL constava da agenda de trabalhos da Assembleia, que discutiu a aprovou ainda o Programa de Ação e o Orçamento para 2017. Durante o ato, foi também designado como Porta-Voz da AAL, o académico Luís Kandjimbo.

António Fonseca foi eleito por unanimidade, com 15 votos, ficando assim completo o quadro dos Órgãos Sociais da AAL. Este cargo de Secretário-geral ficou até agora vago, porque na altura do pleito de 3 de setembro de 2016, que elegeu os corpos gerentes da instituição, não se identificou nenhum candidato.

Recorde-se que a missão e a vocação principal da Academia Angolana de Letras consiste na realização profícua de programas e ações de promoção, valorização e divulgação dos estudos sociais avançados sobre a tradição oral, a criação literária, as línguas, as literaturas e as comunidades humanas.

A FonsecaPERFIL DO SG DA AAL

Poeta, escritor e ensaísta angolano, António Fonseca nasceu a 9 de julho de 1956, na região do Ambriz, Angola.
Licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto e fez um mestrado em estudos especializados de Políticas Culturais e Ação Artística Internacional pela Faculdade de Direito e Ciências Políticas da Universidade de Bourgogne, em França.
Frequentou o curso de Formação Internacional Cultural na área de Conceção, Decisão e Gestão Culturais.

Com esta especialização, procurou orientar a sua atividade profissional nesta área, tendo vindo a desempenhar cargos de direção em empresas e instituições vocacionadas para a atividade cultural, tais como o Instituto Nacional do Livro e do Disco e na Empresa Nacional do Disco e Publicações.
Faz animação radiofónica, sendo, desde há mais de vinte anos, o responsável pelo programa de rádio “Antologia” cujo objetivo nuclear é o de impedir o desaparecimento e a morte da tradição oral, nomeadamente a literatura.
É cofundador da Brigada Jovem de Literatura de Luanda (BJLL) e da União de Escritores Angolanos (UEA).
São de António Fonseca as seguintes obras: Raízes (1982); Sobre os Kikongos de Angola (1985) – ensaio; Poemas de Raiz e Voz (1985) – poesia; Crónica de um tempo de silêncio (1988) – contos; e Contribuição ao estudo da literatura oral angolana (1996) – ensaio.

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