Maputo, 01 fev (Lusa) – O Governo de Moçambique assinala hoje o arranque do ano letivo 2019, cuja cerimónia central decorre na Escola Magoanene B, na capital moçambicana, no sul do país.
O plano do Governo moçambicano no ano letivo 2019 é matricular cerca de 1,5 milhões de alunos, mas a meta está ainda em 97%, segundo dados do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
Para este novo ano letivo, o Governo contratou 6.213 professores, maioritariamente destinados ao ensino primário, com 6.060 professores.
Para 2019, o ensino geral moçambicano terá modificações, à luz de uma nova Lei de Revisão do Sistema Nacional de Ensino (SNE), que prevê que a partir deste ano a escolaridade básica obrigatória em Moçambique passe do 7.º ano para o 9.º ano.
Com a nova lei, o ensino primário abrange do 1.º ao 6.º ano, retirando o 7.º ano deste nível de ensino, que passa para o secundário.
As turmas do 6.º ano deixam de ter um professor por cada disciplina e serão lecionadas por apenas um professor, tal como as restantes de todo o ensino primário.
Além disso, no novo sistema são eliminadas as dispensas no ensino geral, passando a ser obrigatória a realização de exames.
Uma das principais preocupações do Ministério da Educação em Moçambique são as desistências devido a casamentos prematuros e gravidezes precoces.
De acordo com dados oficiais, nos últimos cinco anos, cerca de 14 mil alunas abandonaram as aulas em Moçambique devido a gravidezes precoces e, deste total, 1.081 contraíram casamentos prematuros.