Madrid, 27 fev (Lusa) – O ministro das Finanças de Angola pediu hoje em Madrid aos representantes de 70 empresas espanholas ajuda no processo em curso de mudança de modelo económico e produtivo até agora baseado na dependência em petróleo.
“Atualmente, estamos em plena adaptação para um novo paradigma económico”, disse Archer Mangueira, citado numa nota à imprensa difundida pelo Ministério da Economia espanhola.
O ministro angolano acrescentou que o país está em “plena adaptação para um novo paradigma económico”, que ainda “depende da exportação de petróleo” e que, mesmo que o preço deste produto tenha “recuperado nos últimos meses”, Luanda sabe que não haverá um regresso “à situação anterior”.
Para levar a cabo a adaptação desejada, Archer Mangueira explicou a mais de 70 empresas presentes que o seu Governo “conta com as empresas espanholas para fazer que Angola volte a ser um país multi exportador”, segundo a nota de imprensa.
Angola manifestou a sua necessidade de “alterar o atual modelo económico e produtivo para acabar com a sua dependência no petróleo”, e para isso necessita de “investimento estrangeiro nos setores que considera serem estratégicos”, como são as infraestruturas, energias renováveis, saúde, novas tecnologias ou agroalimentar.
Por seu lado, o presidente do Banco de Desenvolvimento de Angola, Manuel Neto Da Costa, também citado na nota de imprensa, sublinhou a estratégia posta em marcha pelo Governo angolano para regularizar a dívida que Angola tem com as empresas espanholas.
“O nosso compromisso é pagar a dívida que está certificada, porque queremos criar boas expetativas para as empresas espanholas”, concluiu.
A secretária de Estado do Comércio espanhola, Maria Poncela, destacou o esforço que o Governo angolano tem levado a cabo com medidas de contenção da despesa pública e da despesa pública e lembrou as medidas que Madrid põe à disposição das empresas do país para cofinanciar projetos de investimento em Angola.
O presidente Confederação Espanhola de Confederações Empresariais, José María Lacasa, recordou que atualmente há cerca de 50 empresas espanholas a trabalhar em Angola, o segundo destino mais importante dos investimentos espanhóis na África subsaariana.