Angola acolhe jovens artistas africanos para partilharem expressões culturais

Luanda, 03 jun 2024 (Lusa) – Angola é palco, entre hoje e sexta-feira, da 2.ª edição do PROCULTURA, um projeto financiado em mais de 19 milhões de euros pela União Europeia, que junta artistas angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos e guineenses, para promover intercâmbio cultural.

O certame internacional, de mostra artística nas áreas de música e artes cénicas, gerido e cofinanciado pelo Camões Instituto Português e cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian, foi hoje lançado, em Luanda.

Um total de 13 artistas, selecionados entre 50 que participaram do programa de mobilidade de artistas dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, vão, durante quatro dias, partilhar experiências e espetáculos de dança, teatro, música e cinema.

A representante da Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Amélia Cabral, referiu que o projeto visa o apoio à mobilidade dos artistas, “muito importante” para que sejam também conhecidos internacionalmente, que tenham a oportunidade de conviver e de estar em outros espaços para as suas criações artísticas, bem como para alguma melhoria das suas competências.

Cabo Verde está representado em maior número com cinco artistas, seguindo-se Moçambique com quatro e Angola e Guiné-Bissau com dois cada um.

Maria Amélia Cabral referiu, na sua intervenção, que um dos motivos da escolha de Angola para esta mostra visou incentivar os artistas a participarem, tendo notado que o número de candidaturas de angolanos tem sido baixo.

Por sua vez, a representante do Camões IP, Ana Ferreira, frisou que o PROCULTURA teve início em 2019 e termina em 2025, e tem como foco a capacitação e a subvenção de projetos em áreas culturais, com o objetivo de “alavancar o setor cultural, principalmente nas atividades que geram rendimento nos PALOP e Timor-Leste”.

De Angola participam as artistas Kristall África, que vai apresentar um monólogo de autoiniciativa criativa, intitulado “O Câncer”, que fornece ao público novas perspetivas para a libertação de hábitos e inibições adquiridas no quotidiano, estimulando a autodisciplina e autonomia na utilização do respeito às diferenças.

Outra representante de Angola é Renata Torres, que vai apresentar a peça “DI BANZELO”, uma referência aos seres espirituais, terrestres, baseado na peça “Mwene-Kongo: a mulher da meia-noite”.

Os espetáculos, entre quatro a cinco por dia, vão decorrer no espaço Elinga Teatro, com entrada grátis.

A primeira edição da mostra de artistas residentes PROCULTURA aconteceu em Mindelo, Cabo Verde, em outubro de 2022, e contou com a participação de dez artistas.

NME // MLL – Lusa/Fim

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