André Martins é o primeiro doutorado na área das tecnologias da língua do Programa Carnegie Mellon Portugal

André Martins é o primeiro doutorado na área das tecnologias da língua do Programa Carnegie Mellon Portuga. Com apenas 34 anos, já venceu um ‘Best Paper Award’ da Association for Computational Linguistics, em 2009, e recentemente foi-lhe entregue o Prémio Científico IBM de 2011 de 15 mil euros pelo trabalho desenvolvido na área da Inteligência Artificial.

Curioso por natureza, desde muito cedo que este jovem investigador revela ‘sede’ pelo conhecimento. “Na escola primária sempre fui muito curioso e queria aprender mais do que aquilo que vinha nos livros. Talvez isso me tenha cultivado o gosto por pesquisar informação e me tenha tornado um pouco auto-didacta”, explica.
E embora nos seus tempos de liceu, na Escola Ferreira Dias, no Cacém, tenha passado por uma fase“um pouco indisciplinada”, sempre gostou muito da escola e interessava-se sobretudo pela Matemática e pelas Ciências. Também gostava muito de ler e de escrever. “Os meus pais sempre me incentivaram a estudar, uma oportunidade que eles não tiveram”, conta.

Em 2005 começou a fazer o doutoramento no IST, tendo a Priberam (uma empresa spin-off do IST) como empresa de acolhimento. Dois anos depois, entrou no programa de Tecnologias da Linguagem em conjunto com a Universidade de Carnegie Mellon. Esteve dois anos nos EUA, voltei para Portugal e terminou o doutoramento este ano. Agora recomeçou a trabalhar como investigador científico nos laboratórios Priberam e continua ligado ao Instituto de Telecomunicações, no IST.

Num futuro próximo, André Martins vai trabalhar em novos projectos relacionados com tecnologias da linguagem, como por exemplo, análise de textos opinativos, sumarização de notícias e análise de redes sociais. Tem ainda projectos em concurso em colaboração com institutos de investigação ligados ao IST. “Espero desta forma poder vir a contribuir para uma maior aproximação entre as universidades e as empresas, no sentido de transferir conhecimentos, fomentar investigação científica no meio industrial e produzir tecnologia inovadora”, explica.
Outro dos seus objectivos é unir esforços com outros colegas que trabalham na ‘aprendizagem estatística’ e que estão actualmente em Portugal, no sentido de divulgar esta área e criar massa crítica. Uma das iniciativas deste grupo é de organizarem, desde 2011, uma escola de Verão dedicada a este tema (a Lisbon Machine Learning School), que tem contado com a presença de investigadores internacionais de topo e que tem tido o Google como o principal patrocinador.“Achamos que esta área é de uma grande importância estratégica e que pode ser uma das saídas para a crise”, afirma.

 

FONTE: Ler o artigo completo (Ciência Hoje)

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