“Amo a língua portuguesa, lindíssima, que vai durar pela eternidade”, afirmou o escritor, que é avesso a entrevistas e que há anos vinha sendo convidado para estar presente no evento literário que vai na sua 13.ª edição.
Dando uns curtos passos, de microfone na mão — “eu sou a pessoa peripatética, para falar tenho de andar, apesar de ter uma luxação no joelho”, Rubem Fonseca declarou que já “tinha vindo a Portugal”, mas que estava “encantado com esta cidade e com as pessoas daqui”, numa alusão à Póvoa de Varzim.
“Eu sou neto de portugueses, tenho sangue português e orgulho-me disso”, afirmou o escritor, de 87 anos, que recordou que o pai lhe lia sonetos de Camões, um pretexto para afirmar a sua preferência pela “poesia portuguesa”.
E foi com Luís de Camões que Rubem Fonseca encontrou a melhor maneira de encerrar a sua curta declaração de agradecimento, declamando, perante uma plateia emocionada, o soneto “Busca amor novas artes, novo engenho”, rematando a sua leitura com um “viva, viva a língua portuguesa”
FONTE: RTP
Imagem: Diário Digital