Amália Rodrigues foi a enterrar no dia 8 de outubro

1920.

Amália da Piedade Rodrigues nasceu na Rua Martim Vaz, na freguesia da Pena, próximo da Mouraria, em Lisboa. Os pais eram naturais da Beira Baixa mas radicados em Lisboa durante alguns anos. É a quinta de nove filhos. A data certa do nascimento é desconhecida: em documentos oficiais nasceu a 23 de Julho, mas Amália sempre considerou que nasceu no primeiro dia desse mês. Não é o que ficou declarado no Registo Civil. Para ela o que importava é que foi no tempo das cerejas e no signo do Leão.

1921 Os pais de Amália, por dificuldades de subsistência, regressam para a Beira Baixa deixando Amália em Lisboa a cargo dos avós maternos.
1929 Inicia a escola primária em Lisboa, na Escola Primária da Tapada da Ajuda. É numa festa da escola que canta pela primeira vez em público.
Os pais de Amália voltam novamente para Lisboa, mas Amália continua a viver com os avós.
1932 Arranja emprego como bordadeira depois de terminar a escola primária.
1933 Emprega-se nas fábricas de bolos da Pampulha, em Lisboa.
1934 Passa a morar com os pais e os irmãos na zona operária junto ao Tejo.
1935 Vai trabalhar com a irmã Celeste, dois anos mais nova,   no Cais da Rocha, acompanhadas pela mãe, vendedora de fruta. Sai na Marcha de Alcântara, depois de os seus responsáveis a ouvirem cantar na rua, como era seu hábito, cantando como solista “Fado de Alcântara”. As marchas populares ficarão para sempre no reportório de Amália.
Numa festa de beneficência, Amália canta pela primeira vez em público acompanhada à guitarra, pelo tio João Rebordão.
1938 Concorre ao Concurso da Rainha do Fado dos Bairros, no qual não chega a participar pois as outras concorrentes ameaçam desistir se ela concorrer, e Amália acaba por desistir da participação. Neste concurso conhece Francisco da Cruz, um jovem de 23 anos, torneiro mecânico e guitarrista amador, com quem se casará em 1940, casamento que dura dois anos. Nos ensaios do Concurso da Rainha do Fado dos Bairros, Amália é notada por um assistente que a recomenda a Jorge Soriano, director da casa de fados Retiro da Severa. A audição foi um sucesso, mas para não contrariar a família, acaba por não aceitar o convite. Como fadista amadora exibe-se em vários locais com o nome de Amália Rebordão, devido ao seu irmão Filipe Rebordão, pugilista relativamente conhecido.
1939 Estreia-se no Retiro da Severa, como fadista profissional. O êxito no Retiro como artista exclusiva é um sucesso, e espalha-se por toda a Lisboa pela boca do público. Imediatamente passa a cabeça de cartaz.

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Foto: LUSA (08/07/2001)  Vista geral das cerimonias de homenagem a fadista Amalia Rodrigues, cujo o corpo esta tarde foi transladado do cemiterio dos Prazeres para o Panteao Nacional. FOTO ANTONIO COTRIM/LUSA

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