Do encontro, realizado em Lisboa na sede da agência Lusa, resultou o reforço do objetivo comum das agências em “difundir e tornar amplo o conhecimento da língua portuguesa”, comentou Josué Isaías, administrador da Angola Press (Angop), entidade que preside atualmente à ALP.
“O objetivo é difundir e tornar amplo o conhecimento da língua portuguesa”, disse o responsável à Lusa, admitindo que falta agora estabelecer critérios editoriais e elementos técnicos para impulsionar a plataforma.
Para o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, a ideia passa também por “otimizar o trabalho dos jornalistas” das agências, voltando-o para um mercado de 250 milhões de falantes de português.
Já de acordo com Afonso Camões, presidente da Lusa, entidade que organizou o encontro, é uma “velha ambição” da agência “criar uma bolsa de conteúdos noticiosos num espaço que é gigantesco, o da geografia” da língua portuguesa.
“Vamos trocar conteúdos noticiosos, vamos juntá-los”, disse, o que significa “enriquecer” as linhas noticiosas das agências.
O “desígnio comum” das oito agências da ALP na criação e partilha de “conteúdos da Lusofonia” foi também enfatizado pelo secretário-geral da Lusa, José António Santos.
O encontro de hoje em Lisboa formalizou também a entrada da Teledifusão de Macau (TDM) como membro observador da ALP, não podendo integrar formalmente o órgão por não ser uma agência.
Para o administrador executivo da TDM, Frederico Rosário, o “reconhecimento” das agências lusófonas representa um “reforço” da ligação entre Macau e “os países e povos da lusofonia”, sendo do interesse da empresa integrar a futura bolsa noticiosa, de modo a que as notícias em língua portuguesa possam chegar mais eficazmente ao “continente chinês”.
A ALP, criada em Lisboa, em julho de 1996, durante o Fórum da Comunicação realizado nessa altura no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), integra as agências noticiosas RádioBras (Brasil), Inforpress (Cabo Verde), AIM (Moçambique), ANG (Guiné-Bissau), Lusa (Portugal), Angop (Angola) e STPress (São Tomé e Príncipe).
PPF.
Lusa/fim.
Foto: LUSA