Agência de notícias timorense começa a funcionar em julho na cimeira da CPLP

“Até à cimeira da CPLP temos de preparar todos os recursos. O nosso plano é lançar o funcionamento da agência dentro da cimeira, em julho de 2014”, disse o secretário de Estado da Comunicação Social de Timor-Leste, Nélio Isaac Sarmento, em declarações à Lusa.

Após uma reunião com o presidente do conselho de administração da Lusa – Agência de Notícias de Portugal, Afonso Camões, o governante timorense adiantou que até ao fim do ano será formalizado o acordo que prevê a participação da Lusa.

“Nós já recebemos o estudo de viabilidade da Lusa e estamos a estudar. Há mudanças na agenda da implementação da agência. Vamos preparar isso em dezembro deste ano para em janeiro a agência de notícias timorense começar a funcionar tecnicamente”, afirmou.

A agência Lusa apresentou no ano passado uma proposta de parceria luso-timorense para a criação da agência noticiosa de Timor-Leste, que prevê a cooperação da agência portuguesa na formação de jornalistas, na transferência de tecnologia e num período em que os jornalistas/formadores da Lusa trabalham em conjunto e no mesmo espaço dos timorenses.

“É uma proposta que tem um ano. Tivemos a visita do secretário de Estado e temos o compromisso de que as coisas são para avançar a todo o vapor”, disse o presidente do conselho de administração da Lusa após a visita de Nélio Sarmento.

“Esperamos que o governo de Timor-Leste inscreva no seu Orçamento de Estado para o ano que vem uma verba para a instalação da agência e nós estamos completamente disponíveis para reforçar a nossa presença em Timor-Leste”, acrescentou Afonso Camões.

Questionado sobre os prazos apresentados pelo secretário de Estado timorense, o administrador da Lusa afirmou ser possível a agência timorense começar a funcionar em julho de 2014, altura em que decorre a cimeira da CPLP em Díli.

“O tempo é muito curto, mas se for caso disso os jornalistas da Lusa vestirão, durante o tempo que for necessário, a camisola da agência timorense, como aliás fizemos durante os anos de luta pela independência”, afirmou.

Sobre o perfil da agência nacional timorense, o secretário de Estado Nélio Sarmento recordou que Timor-Leste “é um pequeno país, que não precisa de uma agência grande como a Lusa”.

No entanto, sublinhou que terá de ter uma “qualidade pelo menos igual à das agências dos países da CPLP”, daí a importância de apostar nos recursos humanos.

“A primeira iniciativa é concentrarmo-nos na formação dos recursos (…) em colaboração com a agência Lusa”, disse.

A visita de Nélio Sarmento a Portugal decorre até sexta-feira e prevê ainda visitas a outros órgãos de comunicação social, como a RTP, ao Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor) e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), além de um encontro com o homólogo português, Pedro Lomba.

O principal objetivo, além da cooperação para a criação da agência de notícias timorense, é o contributo da ERC numa altura em que Timor-Leste prepara legislação para a imprensa.

“Vamos criar um conselho da imprensa, [e esta é uma] oportunidade de aproveitar a experiência de Portugal em termos de regulação dos órgãos de comunicação social”.

 

FPA (MSE) // JMR – Lusa/Fim

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