Maputo, 28 jun (Lusa) – África do Sul, China e a Índia foram os principais parceiros comerciais de Moçambique durante o primeiro trimestre de 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) moçambicano consultados hoje pela Lusa.
Tanto as exportações como as importações aumentaram em 19,7% e 6,0%, respetivamente, quando comparadas com o trimestre homólogo de 2017, lê-se na síntese de conjuntura económica do INE, de acordo com dados provisórios sobre o comércio externo.
Dos principais produtos exportados, de janeiro a março de 2018, o destaque vai para barras e perfis de alumínio com 23,5%, carvão mineral (coque e semicoque) com 21,4%, carvão mineral (hulha) com 9,8% e energia elétrica com 6,7%.
Do lado das importações, a maquinaria (18,1%), gasóleo (8,6%) e cereais (8%) foram os produtos em destaque.
Os países que com maior preponderância nas relações comerciais com Moçambique no período, como destino das exportações, foram a Índia (30,4%), África do sul (24,0%) e China (7,1%), tendo como principais produtos de transação: carvão hulha, carvão coque e semicoque, gás de petróleo e outros hidrocarbonetos, alumínio bruto, minérios de titânio, energia, madeira, veículos automóveis e banana.
Relativamente às importações, destacam-se entre os fornecedores para Moçambique, a África do Sul (23,1%), China (10,0%), Países Baixos (9,7%) e Índia (9,2%).
Os principais produtos transacionados são barras de ferro, tratores, agentes orgânicos, aparelhos elétricos, alumínio bruto, óleos de petróleo e medicamentos.
Os dados publicados pelo INE indicam que, nos primeiros três meses de 2018, o défice da balança comercial de bens fixou-se em cerca de 405,5 milhões de dólares (350,5 milhões de euros), sendo a taxa de cobertura de 74,5%.
A síntese de conjuntura económica do INE moçambicano para o primeiro trimestre de 2018, publicada esta semana, confirma ainda dados já antes divulgados: crescimento do PIB de 3,2% face ao período homólogo de 2017, agravamento de preços de bens essenciais homólogo de 3,3% e de 1,9% em relação ao trimestre anterior.
A economia cresceu graças aos ramos de agricultura, pecuária, caça, silvicultura e exploração florestal (com um peso no PIB de 23,5%), comércio e serviços de reparação (11,5%) e indústria extrativa (5,8%), com variações estimadas em 3,7%, 4,7% e 9,0%, respetivamente.
No mercado monetário doméstico, a taxa média de juros do primeiro trimestre de 2018, para as operações ativas, fixou-se em 27,3% e a das operações passivas em 17,8%, ambas para maturidade de um ano.
No período em análise, o comportamento do Metical face às principais moedas de referência para o país, em termos homólogos, foi marcado por uma apreciação de 13,2% face ao dólar e de 3,9% em relação ao rand.
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