Após três anos de negociações, o acordo sobre o futuro do ensino de português no Luxemburgo vai ser assinado durante a visita do primeiro-ministro António Costa ao Grão-Ducado, prevista para início de abril. A novidade é a introdução dos cursos de apoio escolar em português, fora do horário escolar, mas que são articulados com as escolas luxemburguesas. As autarquias vão continuar a ter a última palavra sobre estes cursos.
A confirmação da assinatura do acordo foi feita ao Contacto pelo primeiro conselheiro do ministro da Educação, Pierre Reding. “Estamos a preparar a assinatura do acordo para a altura da visita do primeiro-ministro de Portugal”.
De acordo com o responsável pelo departamento da Educação Nacional, a novidade do acordo é a introdução dos cursos complementares de português, ou cursos de apoio em português, assegurados pela Coordenação de Ensino, em articulação com as escolas. O curso complementar surge assim como a terceira alternativa, juntando-se aos cursos integrados no ensino luxemburguês e aos paralelos (também assegurados pela Coordenação de Ensino).
Tal como o paralelo, o curso complementar vai ter lugar fora do horário escolar e dentro da escola. Mas para a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, as semelhanças ficam-se por aqui.
“É muito diferente do ensino paralelo. É um ensino articulado com as escolas. […] Esses cursos também pertencem às escolas e são oferecidos como prolongamento da oferta letiva”, disse a responsável do Instituto Camões à Rádio Latina.
Os alunos vão poder, por exemplo, ter “explicações de matemática ou de outra disciplina na língua portuguesa”, de acordo com Pierre Reding, do Ministério da Educação. No final, vão poder receber um certificado, “que lhes pode ser útil no futuro”, acrescenta.
Para garantir um “ensino de português de qualidade”, os professores dos cursos de português vão ter apoio pedagógico por parte do Instituto Camões e do Ministério da Educação de Portugal.
Entre outros pontos do acordo, “a língua portuguesa vai ser promovida nos liceus e nos livros escolares”, garante Reding. Ler o artigo completo