Praia, 02 ago 2019 (Lusa) – O chefe de Estado cabo-verdiano e presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Jorge Carlos Fonseca, afirmou hoje que o acordo de paz alcançado em Moçambique deve propiciar estabilidade e coesão ao país.
Numa mensagem divulgada hoje, o Presidente da República de Cabo Verde afirma ter enviado uma felicitação ao homólogo de Moçambique, Filipe Nyusi, demonstrando “satisfação pela assinatura de acordo de paz com a Renamo”.
Um acordo que augura “o desenvolvimento dos caminhos da estabilidade, coesão e progresso do país e de liberdade, democracia e bem-estar para todos os moçambicanos”, disse o chefe de Estado, em representação da CPLP.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, assinaram na quinta-feira o acordo de cessação das hostilidades no Parque Nacional da Gorongosa, província de Sofala, centro do país, para acabar, formalmente, os confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.
Trata-se do terceiro acordo entre o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e a Renamo, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma de 1992 e do acordo de cessação das hostilidades militares em 2014, na sequência de uma nova vaga de confrontos entre as duas partes.
O Presidente moçambicano e o líder da Renamo vão assinar este mês um acordo geral de paz final, que será depois submetido como proposta de lei ao parlamento, disse à Lusa um responsável do principal partido da oposição em Moçambique.