A versão online em língua portuguesa (portuguese.people.com.cn) foi lançada há dois anos, em janeiro de 2015, e já é a segunda maior em público nesse idioma, atrás apenas da Rádio Internacional da China (portuguese.cri.cn).
Só a conta no Facebook – sim, os veículos chineses também têm perfis nas redes sociais mais populares do Ocidente – já tem mais de 16 mil seguidores, mais que os 12 mil da versão em espanhol, lançada em 2000.
Quatro chineses e dois portugueses formam a equipe. Boa parte do noticiário é uma versão do que foi produzido inicialmente em mandarim. O conteúdo originado em português inclui projetos especiais e entrevistas com autoridades de Portugal, Brasil, Angola e outros países lusófonos. Cerca de 80% disso ganha versão em mandarim.
É uma peça pequena perto de toda a engrenagem online do Diário do Povo. O portal lançado em janeiro de 1997 tem hoje um público estimado de 130 milhões de leitores de 210 países e regiões, segundo seus próprios cálculos. Conta com 11 filiais no Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul, Reino Unido, Rússia, África do Sul, Austrália, França, Suécia e Hong Kong. A estrutura em Beijing inclui estúdios de áudio e vídeo e as respetivas ilhas de edição. O maior deles, usado para entrevistas com autoridades de primeiro escalão e outras ocasiões especiais, tem 700 metros quadrados considerando as áreas técnicas além do palco e da plateia.
A operação online cresceu a ponto de, em 2012, lançar ações na bolsa de Shanghai. Ainda assim, é uma fração da engrenagem mais ampla do Diário do Povo, que no total reúne 29 periódicos, 44 sites, 118 contas na Weibo e 142 no Wechat – as duas redes sociais chinesas mais populares – e 31 aplicativos. A máquina completa emprega 14 mil funcionários e tem, segundo seus próprios dados, mais de 250 milhões de usuários. Números no padrão da China, que estima ter 731 milhões de internautas.
(A jornalista viajou a convite da Associação de Diplomacia Pública da China)
Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviços
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