Foi a 6 de Janeiro de 1289 que um grupo de prelados e priores portugueses se dirigiram ao Papa para solicitar a confirmação de um Estudo Geral (“Studium Generale”), em Portugal, o que hoje corresponde à Universidade.
Seria a primeira Universidade do Reino.
Documentam a sua criação alguns importantes documentos da época: um primeiro, elaborado pelo próprio rei D. Dinis, um ano depois do pedido à Santa Sé, de 1 de Março de 1290, no qual se tratava dos privilégios dos seus alunos (“Scientiae thesaurus mirabilis”); depois, a própria Bula (“De statu regni Portugaliae”), do papa Nicolau IV, de 9 de Agosto do mesmo ano, na qual se dizia que aqueles que se graduassem “teriam ubique, sine alia examinatione, regendi liberam potestatem”, ou seja, podiam ensinar em qualquer parte do mundo cristão.
Este estabelecimento de ensino superior, previamente instalado em Lisboa, foi por duas vezes transferido para Coimbra, tendo, na primeira vez, em 1309, visto os seus primeiros Estatutos aprovados (“Charta magna privilegiorum”). Em1537, mudou-se definitivamente para Coimbra, por ordem do Rei D. João III.
A Universidade de Coimbra ainda hoje se considera a sucedânea dos Estudos Gerais, escrevendo na página da sua história que o rei D. Dinis ao assinar o “Scientiae thesaurus mirabilis” criava a Universidade mais antiga do país e uma das mais antigas do mundo.