“Ano nôvo, lembrá trazê bom vento”

Desfile de comemoração da entrada no Novo Ano Chinês, Lisboa, 18 de janeiro de 2020. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Para vosso deleite, neste tempo de renovada esperança, junto estes castiços versos, em patuá, do nosso sempre lembrado Adé.

Feliz Ano Novo!
Jorge Rangel
Ano nôvo, lembrá trazê bom vento
Pa pôde suprá mufinaze vai.
Nunca-bom intrá co pê azarento,
Pa fazê mundo tropeçá pê cai.
Vêm co paz pa nôsso gente sufrido;
Pa quim fome, ne-bom isquecê pám.
Vêm co frescura di jardim florido,
Vêm co amôr pa tudo coraçám.
Pa tud´alma qui ta vivo na treva,
Sandê unchinho di luz pa lumiá.
Pa tudo coraçám qui sã ta reva,
Vêm passá páno mimoso limpá.
Co graça di Céu, vôs vêm raganhado,
pa ispaliá amôr, paz co bondade.
Vêm filiz, ficá justo abençoado,

Pa tudo coraçám de bô vontade.


José Inocêncio dos Santos Ferreira CvIH (Macau28 de Julho de 1919 – Hong Kong24 de Março de 1993),[1] mais conhecido por Adé, foi um poeta de Macau e grande defensor do patuá macaense, língua crioula da região.[2]

Nasceu em 28 de Julho de 1919 e viveu em Macau durante grande parte da sua vida. O seu pai, Francisco dos Santos Ferreira, era um português oriundo de Portugal e a sua mãe, Florentina Maria dos Passos, era uma macaense.

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