Escritora cabo-verdiana Vera Duarte eleita para a Academia de Ciências de Lisboa

Praia, 31 mai (Lusa) – A escritora e presidente da Academia Cabo-Verdiana de Letras (ACL), Vera Duarte, foi eleita membro da Academia de Ciências de Lisboa, escolha que a própria acredita “abrirá portas” a outros escritores cabo-verdianos.

A eleição, a título pessoal e por unanimidade, de Vera Duarte como “sócia correspondente lusófona” na Classe de Letras da Academia de Ciências de Lisboa ocorreu no plenário realizado a 09 de maio, mas só agora foi divulgada.

“Recebi com grande alegria e com um sentimento de ser algo que me privilegia bastante e que privilegia Cabo Verde” disse Vera Duarte, citada pela agência cabo-verdiana de notícias Inforpress.

A escritora lembrou que a Academia de Ciências de Lisboa é uma instituição secular e que esta eleição irá aumentar a visibilidade de Cabo Verde e dos seus escritores no exterior.

Segundo Vera Duarte, a direção da ACL esteve reunida durante a manhã de hoje, tendo ficado estabelecido que se irá aproveitar esta eleição para aprofundar o relacionamento com a Academia de Ciência de Lisboa, nomeadamente através da assinatura de um protocolo, que deverá abranger cursos de escrita criativa, lançamento de livros e realização de conferências.

vera duarteVera Duarte Lobo de Pina, nasceu no Mindelo, 02 de outubro de 1952 é jurista e escritora, e foi ministra da Educação e do Ensino Superior.

Desempenhou funções de juíza conselheira do Supremo Tribunal da Justiça e conselheira do Presidente da República.

Em 1995, recebeu o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa, em reconhecimento à sua luta em defesa dos direitos humanos.

Vera Duarte estreou-se na literatura em 1993, com o livro de poemas “Amanhã Amadrugada” (2008), e seu primeiro romance, “A Candidata” (2003), recebeu o Prémio Sonangol de Literatura.

Entre as suas publicações constam o livro de poesia “Amanhã Amadrugada (1993), “O arquipélago da paixão” (2001), “Preces e súplicas ou os cânticos da desesperança” (2005), Exercícios poéticos Romance (2010), “A candidata Ensaios” (2003) e “Construindo a utopia” (2007).

Em 2016, foi eleita Patrona dos Colóquios da Lusofonia.

CFF // EL – Lusa/Fim

 

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